Os Correios, por meio desta emissão conjunta de selos entre Brasil e República Tcheca, da Série Relações Diplomáticas, retratam laços de amizade entre os dois países, comemorando juntos o aniversário da final da Copa do Mundo de 1962, realizada no Estádio Nacional de Santiago, no Chile.
As peças filatélicas, um se-tenant com dois selos (de emissão especial) e um envelope 1º Dia de Circulação, serão lançados no dia 13 de junho, na cidade de Brasília (DF).
Com arte de Mário Alves de Brito, na imagem destacam-se os famosos dribles e jogadas marcantes das seleções do Brasil e da Tchecoslováquia, com seus uniformes e brasões da época. À direita constam as bandeiras dos países que disputaram a partida. Foi utilizada a técnica de computação gráfica.
Serão impressos 360 mil selos, sendo 180 mil de cada motivo com valor facial de R$ 2,75 e poderão ser adquiridos nas agências e na loja virtual dos Correios (www.correios.com.br/correiosonline).
Histórico
A República Tcheca se orgulha de suas conquistas em diferentes modalidades esportivas, mas o futebol é, como no Brasil, o esporte mais popular nesse país da Europa Central.
Em 1962, os times do Brasil e da Tchecoslováquia disputaram a final da Copa do Mundo, em Santiago, no Chile. Naquela época, a equipe tchecoslovaca era uma das melhores seleções. Em 1960, ganhou a 3ª colocação na Copa da Europa e, em 1964, a medalha de prata nos jogos olímpicos de Tóquio. A extraordinária geração de jogadores em torno de Josef Masopust, o Bola de Ouro de 1962, jogou um futebol ofensivo, inteligente e bonito. No jogo, a Tchecoslováquia começou ganhando com um gol espetacular de Masopust e teve outras oportunidades, mas a seleção brasileira logo empatou e, após o intervalo, virou o resultado e venceu, com mérito, por 3 a 1. Mesmo assim, esse resultado continua entre os maiores sucessos esportivos da República Tcheca.
A história do futebol na Boêmia e Moravia começou em 1887 com o primeiro jogo oficial entre os rivais eternos Sparta e Slavia. Em 1900, já existiam mais de 100 clubes. Nos anos 1920, o Sparta Praga ganhou o apelido “de ferro” e o time era considerado um dos melhores da Europa. Na Copa de 1934 a seleção da Tchecoslováquia tornou-se vice-campeã mas, infelizmente, o lendário Bican, um dos maiores artilheiros de todos os tempos, não pôde destacar-se no futebol internacional devido à Segunda Guerra Mundial e a instalação do comunismo.
Depois do sucesso no Chile, em 1962, comemoramos a conquista da Copa da Europa, em 1976, com o famoso pênalti do Antonín Panenka, de chapéu para o meio do gol, e, desde então, repetido por muitos craques. Em 1980, a mesma geração consagrou-se campeã olímpica e ganhou o 3º lugar na Eurocopa, no mesmo ano, feito repetido em 2004 pelo time do Pavel Nedvěd, o Bola de Ouro de 2003, e Karel Poborský. Ainda antes, em 1996, essa geração de jogadores conquistou mais um título de “vice” na Copa da Europa.
Na Copa do Mundo de 2014, assistiremos a um futebol brilhante contando com a presença da seleção da República Tcheca. Será que o time do Petr Čech e Tomáš Rosický em uma final contra o Brasil virará o placar a seu favor?
Parabenizo os Correios do Brasil e da República Tcheca por comemorarem juntos o aniversário da Grande Final de 1962, entre as nossas seleções. Esta iniciativa contribuirá para aprofundar os laços de amizade que unem esses países, marcados profundamente pelas emoções do Futebol. (Fonte: Viktor Dolista – Encarregado de Negócios da República Tcheca).
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