Os Correios lançam no dia 11 de março, nas cidades de São Paulo (SP) e Belo Horizonte (MG), um bloco postal com dois selos (de emissão especial) em homenagem à Fundação Dorina Nowill para Cegos, exemplo de dedicação, conquista e perseverança no empreendimento de sua missão.
De autoria da artista Cecília Langer, o bloco compreende, na parte superior, dois selos. O primeiro apresenta a imagem de uma criança deficiente visual e a logomarca da Fundação Dorina Nowill para Cegos. O segundo selo tem estampado o rosto de Dorina, em off-set, cujos traços possuem a técnica de relevo, para possibilitar a identificação do semblante de Dorina, pelo contato táctil, e permitir ser conhecida além de sua voz e de seu trabalho. Como imagem de fundo, em tons de sépia, a reprodução de uma foto de Dorina Nowill, digitalmente trabalhada, lendo um livro em braille. Abaixo, a frase de sua autoria, também escrita em braille, resume, de forma concreta, que seu trabalho de apoio ao deficiente visual se eterniza por meio da Fundação que criou : “Todas as histórias têm um fim, mas a minha continua...”.
Serão impressos 100 mil blocos, com valor facial de R$ 2,80 cada selo (R$ 5,40 o bloco). A peça filatélica poderá ser adquirida nas agências e na loja virtual dos Correios (www.correios.com.br/correiosonline).
HISTÓRICO
Há mais de seis décadas a Fundação Dorina Nowill para Cegos tem se dedicado à inclusão das pessoas com deficiência visual, por meio do acesso à educação e à cultura.
Fundada em 11 de março de 1946, a Fundação Dorina Nowill para Cegos é hoje uma instituição reconhecida internacionalmente pela qualidade de seus livros em braille, falados e digitais acessíveis a pessoas com deficiência visual, que são fornecidos para mais de 5.000 escolas, bibliotecas e organizações de todo o Brasil, bem como pelos serviços de reabilitação para pessoas cegas e com baixa visão. Oferece, também, programas de clínica de visão subnormal, educação especial e empregabilidade.
A história da Fundação Dorina começou a se delinear quando Dorina de Gouvêa Nowill, cega aos 17 anos, sentiu a enorme carência de obras em braille no Brasil. Hoje, 65 anos depois do início de suas atividades, a instituição possui uma das maiores imprensas braille do mundo, em capacidade produtiva.
Há quem diga que nos últimos 60 anos “não há no Brasil uma só pessoa cega alfabetizada que não tenha tido em suas mãos pelo menos um livro em braille, produzido pela Fundação Dorina Nowill para Cegos”.
Organização sem fins lucrativos e de caráter filantrópico, ao longo dos anos a Fundação Dorina Nowill para Cegos produziu mais de 6.000 títulos e 2 milhões de volumes impressos em braille. A instituição produziu, ainda, mais de 1.800 obras em áudio e cerca de outros 1.000 títulos digitais acessíveis. Além disto, mais de 17.000 pessoas foram atendidas nos serviços de clínica de visão subnormal, reabilitação e educação especial.
São mais de seis décadas de dedicação e de muitas realizações. Tudo isso graças a doadores, voluntários, amigos e patrocinadores que acreditam na missão da Fundação Dorina Nowill para Cegos, e fazem da instituição uma referência no trabalho de inclusão social das pessoas cegas e com baixa visão.
Por meio da Filatelia, os Correios assinalam e divulgam nesta emissão postal a importância dos trabalhos desenvolvidos, visando a inclusão e a acessibilidade das pessoas cegas ou com pouca visão, bem como homenageiam a Fundação Dorina Nowill para Cegos.
A ECT registra, também, os cinco anos da implantação do Serviço Postal Braille, iniciativa pioneira entre as administrações postais, que realiza a transcrição de correspondências, inclusive comerciais e de órgãos públicos, da escrita comum para o braille e vice-versa. A implantação da Central Braille dos Correios, sediada em Belo Horizonte/MG, responsável pela execução desse serviço, que amplia o acesso dos cegos aos produtos de conveniência postal, contou com o apoio técnico de importantes instituições, inclusive da homenageada Fundação Dorina Nowill.
Os Correios e a Fundação Dorina Nowill para Cegos têm em comum o compromisso com a inclusão social e a valorização das pessoas com deficiência visual. Geram cidadania ao contribuir para o reconhecimento e o pleno exercício dos direitos dos cidadãos.