sábado, 16 de fevereiro de 2008

As touradas de Guerino



As touradas e as montarias de cavalos nos remetem a tempos que não existem mais, hoje é tudo na base do sensacionalismo ou locução de narradores de rodeio, onde o espetáculo se torna auditivo e não visual, mas nos bons tempos dos anos 60 de Marapoama a disputa era acirrada, quem tinha coragem montava em pelo mesmo, nos cavalos e também nos bois bravos , tínhamos como referências Asa Branca e O Menino de Ouro (barbeiro caipira de Catanduva) que se tornou o Peão de Ouro, estes com as suas esporas cravadas, tiravam do animal toda a sua bravura e as touradas de Guerino ganhavam mais emoções. O boi Fumaça esse derrotou tanto peão e muitos metidos a monta-lo que ficou muito famoso e o premio quem parasse em cima de seu lombo era em peso de ouro . O curioso das touradas era sua localização , um pequeno espaço cedido de fundo com a casa do Seu Augusto Dellalibera , e muito pro´ximo do campo de futebol do Marapoama Esporte Clube e ao lado da casa do Seu Manoel Saboneiro, aquele que era dono do tratorzinho Ford, o mais criticado da região e dos Marapoamenses, que só pegava no tranco e não conseguia nem erguer os dois arados e para tombar terra sómente fazia riscos no chão. Temos também um dos componentes da organização o toureiro Tião que juntamente com Guerino , mais Asa Branca e O Menino de Ouro eram espetáculo garantido na certa. O que Guerino gostava mesmo era da hospitalidade para com a sua equipe e o Seu Angelim Saboneiro e mais a sua esposa D. Cecilia com seus temperos espanhois e os quartos bem distribuídos parecendo uma pensão, criava o aconchego que todo peão deseja, tanto que Marapoama era sempre um ponto estratégico de suas touradas, os seus espetáculo vinham duplas sertanejas tal como: Liu e Léo , Zé Fortuna e Pitangueira , Vieira e Vieirinha, Caçula e Marinheiro, Pedro Bento e Zé da Estrada, Canário e Passarinho, Zico e Zeca e outros, e a que não podia faltar de jeito nenhum Cascatinha e Inhana.
A maior tristeza do Marapoamense era quando o espetáculo tinha que ser montado em outra cidade , tudo porque a nossa querida e pequena cidade trazia um pouco da cultura espanhola pelas touradas de Madri e na revelação das grandes duplas sertanejas e também no tradicional caipirismo das nossas raízes musicais.

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu sou filho ,do Guerino Toureiro.Meu querido pai se chamava Guerino Ribeiro da Silva.E eu me chamo Lázaro José Ribeiro da Silva.Resido em Jaboticabal.S.P. E me confraternizo com essa jornalista Marapuanense que fez essa linda matéria.