Os Correios lançaram no dia 17 de janeiro, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), um selo de emissão especial, de tiragem limitada com 300 mil exemplares, que homenageia o descobrimento, a produção e a nova realidade criada no Brasil com o Pré-Sal.
O selo representa o Campo de Lula, que é originário da acumulação de Tupi, e localizado na Bacia de Santos. Ao centro, o navio-plataforma de produção petrolífera da Petrobras, que encontra-se ancorado e o duto que vai da plataforma até o fundo do oceano, chamado “riser”. Abaixo do navio, é possível observar as águas ultraprofundas da Bacia de Santos, a Camada Pós-Sal, a Camada de Sal e, por fim, a Camada Pré-Sal, onde se encontra o petróleo a ser extraído. Foi utilizada a técnica de computação gráfica.
O selo tem valor facial de 1º Porte Carta Comercial, atualmente R$ 1,10 e pode ser adquirido nas agências e na loja virtual dos Correios (www.correios.com.br/correiosonline).
HISTÓRICO
A Petrobras comemorou, no final de 2010, o início da produção em escala comercial nos campos do Pré-Sal, uma descoberta muito promissora para o País. Nos próximos anos, o Pré-Sal vai gerar inúmeras oportunidades em toda a cadeia produtiva e em diversos segmentos da indústria de bens e serviços.
A perspectiva é de uma grande demanda por mão-de-obra, peças, equipamentos e uma série de componentes da infraestrutura e da logística necessárias à produção, processamento, transporte, refino e distribuição do petróleo e do gás natural do Pré-Sal.
O projeto-piloto do campo de Lula (originário da acumulação de Tupi), na Bacia de Santos, está sendo produzido pelo navio de produção Cidade de Angra dos Reis, instalado no final de 2010. Esse navio-plataforma está ancorado a cerca de 300 km da costa, sobre 2.149 metros de lâmina d’água.
Assim, como outros navios de produção utilizados nos Testes de Longa Duração do Pré-Sal da Bacia de Santos, o Piloto de Lula colhe informações de reservatório e de produção fundamentais para a concepção das demais unidades produtivas do Pré-Sal.
Hoje, já são extraídos cerca de 100 mil barris por dia (bpd) de óleo no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos e na área do Pré-Sal da Bacia de Campos, ambas no litoral sudeste do país. A expectativa é que, em 2020, seja atingida a produção de 2 milhões de barris de óleo leve, de boa qualidade. Além disso, as reservas brasileiras de petróleo e gás natural deverão ser duplicadas.
O grande laboratório para a Petrobras alcançar a excelência tecnológica que possibilitou descobrir e produzir petróleo no Pré-Sal foi a Bacia de Campos, atualmente responsável pela maior parte do petróleo produzido no Brasil. Graças à atuação nas águas profundas dessa bacia, a Petrobras conquistou, por duas vezes, o prêmio da Offshore Technology Conference, o chamado Oscar da indústria de petróleo.
Se na Bacia de Campos a empresa se especializou nos chamados reservatórios arenosos de petróleo, agora no Pré-Sal trabalha-se, também, com carbonatos microbiais, e um novo desafio está sendo vencido.
Para atravessar a camada de sal, que chega a 2.000 metros de espessura, e devido à natureza do sal, que pode se movimentar e prejudicar a perfuração ou obstruir o poço, novas metodologias de projeto de construção de poços e diferentes materiais foram aplicados. Isso antes de atingir os cerca de 6.000 metros de profundidade onde está localizado o reservatório, abaixo do sal.
Essas são algumas das situações que proporcionaram à Petrobras, novamente, oportunidades para vencer barreiras tecnológicas, colocando o Brasil em destaque na história recente da indústria de energia mundial e, mais uma vez, afirmando seu compromisso com o desenvolvimento brasileiro.