[Andei fugindo a um mote, aqui, atrevido!
Mas ele me abordava, ali, na esquina
(Ou entre mim e a dama sem vestido)!
Era o diabo aquilo... isto... a Palavra...
Eu... compará-la a insetos... me extermina!(?)
Mas que faço? Eis o mote que me lavra:]
Há um soneto que ronda (e gira) a mente!
E o Verbo são os insetos à luz (branda
E intensa) Que já não só acolhe, manda
Embora, queima e (a)tinge de repente!
Mas penso em voz alta: "- Ai da mente obscura,
SEMPRE às rimas difíceis, belas, toscas...".
Velho baú que, até aos gritos, murmura,
Pondo à mostra, assim, mais um verso (às moscas).
Luciano Almeida postou este belo poema no Recanto da Letras no dia 21 de janeiro do ano passado, praticamente 18 dias antes de seu falecimento por afogamento.
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