sábado, 19 de janeiro de 2013

Correios 350 Anos: uma história em selos


Os 350 anos dos Correios no Brasil ganharão, no dia 25 de janeiro, uma belíssima folha de selos (de emissão comemorativa). São 24 selos que percorrem os momentos mais relevantes dos Correios sob três perspectivas: marcos históricos, desenvolvimento tecnológico e pessoas.
A folha segue ordem cronológica, a partir de 1663, com o início da atividade postal regular no Brasil, culminando em 2013, momento da comemoração dos 350 anos. Encerrando a folha de selos, vê-se a logomarca oficial dos 350 anos dos Correios. A técnica utilizada foi fotografia e computação gráfica pela artista plástica Valéria Faria.
Cada selo tem valor facial de 1º Porte Carta Comercial (R$ 1,20) e tiragem de 60 mil folhas, em um total de 1,44 milhão de selos.
Após o lançamento, os selos poderão ser adquiridos nas agências e na loja virtual dos Correios (www.correios.com.br/correiosonline).


Histórico 
Os Correios Brasileiros completam 350 anos. O marco da institucionalização dos serviços postais regulares no País deu-se em 25 de janeiro de 1663, quando a Coroa portuguesa estendeu a jurisdição do Correio-Mor de Portugal para a América, nomeando o Alferes João Cavaleiro Cardoso para o cargo de Assistente de Correio-Mor na capitania do Rio de Janeiro. Desde então, os Correios passaram por inúmeras transformações, com a finalidade de promover a comunicação rápida e eficiente entre as regiões brasileiras e destas com o mundo.
Ainda no período colonial, em 1798, é abolido o ofício de Correio-Mor e os Correios são reintegrados à alçada da Coroa. A partir da Independência, em 1822, as transformações nos serviços de correios acontecem no sentido de integrar as regiões de um País tão vasto, e, também, garantir a comunicação com o resto do mundo. Assim, em 1829, acontece a Reforma Postal, com o intuito de regular os correios nas províncias do País. Outras inovações importantes foram adotadas nesse período, como o selo postal (1843) e o telégrafo elétrico (1852).
No período Republicano, destaca-se, em 1931, a criação do Departamento de Correios e Telégrafos, que marca a união dos serviços postais e telegráficos, para acelerar as comunicações brasileiras. É nesse cenário desafiador que o desenvolvimento dos Correios passou a contar cada vez mais com transformações tecnológicas, que tinham como objetivo atender um País em vias de modernização. Em 1940, iniciou-se a triagem automática das correspondências, com a utilização, no Rio de Janeiro, de duas máquinas Transorma, importadas da Holanda. Operada por 5 pessoas, esta máquina tinha a capacidade de separar 3.000 cartas/hora (PERON, 2013).
Entretanto, é a partir de 1969, data da criação da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT, que se passa a praticar uma nova tônica relativa aos serviços postais. A ECT voltou-se à satisfação do cliente, visando celeridade, segurança e regularidade nas entregas de correspondências e objetos a ela confiados.
Surgiu, nessa época, o plano nacional de encaminhamento postal, com foco em quatro atividades básicas dos Correios: a coleta, a triagem, o transporte e a distribuição de objetos postados. Inovações tecnológicas foram adotadas para atender os propósitos da Empresa. Em 1972, foi inaugurado o Centro de Triagem da Alameda Nothman, em São Paulo, e, em 1976, a instalação de diversos centros de triagem automática, com término no início da década de 1980.
Na área comercial, a partir de 1971, houve o aumento do número de agências e postos de Correios. Posteriormente, em 1982, a gama de serviços postais aumentou a partir da criação do SEDEX, que rapidamente expandiu-se para atender as demandas de entrega em todas as localidades do País. No ano 2000, a ECT lançou o e-SEDEX, voltado especificamente para atender as demandas do comércio eletrônico. Já em 2001, surgiu o SEDEX 10, que oferece a possibilidade de entrega até às 10 horas da manhã do dia útil seguinte. Nesse mesmo ano, foi inaugurada a Agência dos Correios de Rio do Fogo - RN, concretizando-se o ideal de cobertura de 100% dos municípios brasileiros.
Inúmeros prêmios foram recebidos pelos Correios brasileiros na área filatélica internacional. Nesse contexto, destaca-se 1999, quando a quadra de selos sobre prevenção de incêndios nas florestas tropicais ganhou o prêmio Aziago de Arte Filatélica, a maior premiação no campo filatélico. Esta quadra, confeccionada em papel reciclado, foi a primeira emissão brasileira com aroma.
Atualmente, a ECT tem como foco a modernização, uma vez que busca tornar-se empresa de classe mundial no ano de 2020. As transformações visam atender as expectativas de um mercado cada vez mais exigente no tocante à qualidade, celeridade e inovação. Nesse contexto, o Banco Postal foi instituído para disponibilizar condições de acesso aos serviços básicos de natureza bancária, tanto nos grandes centros e suas periferias quanto nas localidades mais distantes do território brasileiro, contribuindo para promover a inclusão financeira e social de populações de baixa renda, reduzindo as desigualdades sociais. Com efeito, sua presença e atuação têm contribuído para inserir no sistema financeiro parcelas significativas da população, mormente aquelas que vêm experimentando um aumento de sua renda pessoal e ascensão de classe social, estimulando a poupança, facilitando os meios de acesso ao mercado de consumo, movimentando os comércios locais, impulsionando as economias de distritos e municípios, estimulando, assim, o surgimento de microempreendedores e propagando o desenvolvimento regional.
Os Correios contam, hoje, com mais de 117.000 colaboradores atuando nas áreas postal, comercial e administrativa da Administração Central e Diretorias Regionais. A fim de oportunizar a essas pessoas, seu maior patrimônio, o desenvolvimento pessoal e profissional, a Empresa investe, maciçamente, em capacitação e realiza diversos programas relacionados ao bem-estar no trabalho, procurando integrar produtividade e qualidade de vida aos seus empregados.
Tendo a sustentabilidade como um de seus valores, os Correios buscam o equilíbrio entre os aspectos social, ambiental e econômico, para garantir a lucratividade, respeitando as pessoas, a sociedade e o meio ambiente.
Ao emitir esta folha, assinalando os seus 350 anos, os Correios cumprem o seu papel de contar a história e difundir os valores institucionais, culturais e comerciais de uma empresa reconhecida pela população como uma das mais confiáveis no cenário nacional.


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