domingo, 13 de janeiro de 2013

ADDE e sua mensagem O ESPIRITISMO E A FÉ


Caros amigos.
Hoje (13-01-2013) um jornal de São José do Rio Preto posta uma reportagem falando sobre o MERCADO DA FÉ.  “Parece shopping, mas é igreja, padres e pastores de Rio Preto equipam templos com pequenos luxos e itens de conforto como ar-condicionado, berçário, estacionamento, livraria, lojinhas e até praça de alimentação para manter fiel cativo.”, diz a matéria do jornal. (gn)
Companheiros do ideal Espírita, Allan Kardec escreveu "Fé inabalável só é a que pode encarar de frente a razão, em todas as épocas da humanidade".
Do ponto do vista espírita, não basta crer é preciso conhecer, por em prática. Fé é muito mais que crença e com ela não se confunde. A esperança, um elemento intrínseco da estrutura da vida, da dinâmica e do espírito do homem está intimamente ligada à fé. A fé é o autoconhecer-se, e conscientizando-se das suas potencialidades, com autocrítica, humildade e resignação. Muitas pessoas não conhecem o princípio da fé e pensam que somente com as provas materiais ou não, é que se possa ter uma fé verdadeira, sobretudo, ao não tropeçar nas quedas que os seres humanos possuem na sua caminhada, dentro de um mundo de provas e expirações; do mesmo modo quando estiver na erraticidade. A fé espírita não parte única e exclusivamente das provas que se possam proporcionar por qualquer ato, mas, na humildade, na simplicidade de encarar a realidade da vida, quando alguém mesmo ignorante e viciado possa dar exemplo de um bom viver aos seus circundantes. Não estou criticando qualquer religião, a matéria do jornal é corajosa e forte, demonstrando uma realidade atual em um mundo onde a materialidade e a tecnologia AINDA se sobrepõe aos valores morais e à Caridade.
Que a Paz do Divino Mestre possa estar conosco.
(Miltermai A. Sanches) .




O Espiritismo e a Fé

A Doutrina Espírita apresenta uma nova maneira de ver a Fé. Este é um ponto que julgamos importante, pois enquanto as religiões procuram manipular as consciências, incutindo ideias de medo, impondo comportamentos, reduzindo consideravelmente o livre arbítrio, o Espiritismo deixa o pensamento fluir livremente, o mais natural possível para que o indivíduo possa demonstrar toda sua identidade e autenticidade.
A Fé raciocinada deixa de possuir conotação de algo obtido por uma graça, por um mistério que não pode ser explicado. Ela, portanto, difere de tudo o que caracteriza a Fé religiosa, porque baseia-se na busca do entendimento e do discernimento. A Fé religiosa firma-se nos dogmas que definem as religiões. A Fé Espírita usa a razão e, por isto, pode criticar e examinar o objeto da Fé.
Há uma lucidez maior dos conhecimentos adquiridos e uma melhor captação de conhecimentos novos. A Fé Espírita é efeito e não causa. O indivíduo que a possui já experienciou  no passado vivências, aprendizados, etc. que hoje lhe transmitem toda uma certeza e confiança. Há uma visão global, holística, das coisas; ou, porque não dizer, uma visão "guestaltica" do todo.
Para que se obtenha esta compreensão geral, aumentando-a paulatinamente, torna-se necessário que a nossa inteligência esteja ativa, para podermos exercitá-la através da vontade. Com a inteligência teremos facilidade de adquirir conhecimentos novos e tornar presente ou consciente os já adquiridos. Estes, serão sempre assoalho para o apoio de novas informações; assim, o poder de análise e de síntese vai crescendo de forma que a cada passo o indivíduo tenha nova compreensão, novos "insights", ou lampejos cada vez mais claros.
Assim é a Fé Espírita, com características próprias e especiais, que a diferencia de qualquer outra Fé. A Fé Espírita não é reducionista, não bloqueia a vontade nem a expressão do ser humano; ao contrário, amplia a vontade e a capacidade de expressão. O indivíduo fica livre para a escolha e com menos possibilidades de ser manobrado ou manipulado.
Daí Allan Kardec dizer que a Fé Espírita "não pode ser prescrita ou imposta, por aquele que a tem, ninguém a poderá tirar e àquele que não a tem ninguém poderá dar". Diz o Codificador que "a Fé é sinal evidente de progresso". O Espiritismo, como Doutrina reencarnacionista e evolucionista, tem na sua Fé uma consequência desse progresso que o indivíduo vai pouco a pouco conquistando, vivenciando. O progresso vai facilitando melhores elaborações em estágios sempre renovados.
Portanto, Fé não se consegue como que "por um passe de mágica". Ela é a certeza, a segurança e a confiança já conquistadas e que num dado momento o indivíduo experiência. A Fé está relacionada a obras, assim, uns possuem mais Fé, outros menos. Para a realização das obras - e das conquistas - é necessário estudo e trabalho que resultam em experiência. O que se pode afirmar é que haverá sempre uma nova tarefa a ser executada, a nos provar, a nos testar e, assim, vamos obtendo maior firmeza na execução, ou seja, maior Fé.
Foi dito, "a fé é mãe da esperança e da caridade", o que é facilmente compreensível, porque todo aquele que a possui, conforme a Doutrina Espírita, apresenta um sintoma de que já conquistou estágios importantes e, como tal, ela já está incorporada ao seu acervo tornando-se natural a prática do amor e da caridade.
A importância do Espírita ter esse entendimento da Fé, o levará a vivenciar melhor a atual existência, o aqui e agora, e a pautar todos os seus atos dentro de uma moral e de uma ética elevada. O Espiritismo facilita a reparação dos erros numa experimentação consciente e nisto está o fortalecimento da Fé. Todo este entendimento nos conduzirá à certeza, à confiança e à esperança, proporcionando-nos encarar de frente a razão em todas as épocas da humanidade.
Otaviano Pereira da Neves
o autor é Psicólogo, e Presidente da Sociedade Espírita Casa da Prece

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FORMATAÇÃO E PESQUISA: MILTER A- 13-01-2013



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Um comentário:

PERSEVERÂNÇA disse...

Excelente colocação nas palavras em seu resumo da Fé e Religião!!! vivemos em tempos criticos e dificeis de manejar, procurarmos não ser pedra de tropeço conforme disse o apóstolo Paulo é importante seguir essa orientação;por estarmos vivendo em tais condições mundiais criticas, as pessoas acabam por inocencia alimentar esse conforto das igrejas, quem dirá dos pastores ou clérigos.
Precisa-se ter em mente ter como autoridade maior a Bíblia, ela poderá nos orientar como agir e identificar tais covas disfarçadas.
A esperança humana de resolver de imediato os problemas acabam por deixa-las cegas e perdidas sem saber o que realmente poderá ajuda-las.
Agradeço por esta matéria tão bem detalhada e exemplificada.
Deixo um abraço fraterno e quando possível espero por você no Perseverança.
Nicinha