Relógios devem ser adiantados em uma hora.
Redução no consumo de energia elétrica
deve ser de 0,62% nas 234 cidades
de atuação da CPFL Paulista
A 43ª edição do horário de verão começa à zero hora deste sábado para domingo. Os relógios devem ser adiantados em uma hora em dez estados das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Distrito Federal. O horário de verão terá duração de 119 dias, com o término à meia-noite do dia 16 de fevereiro de 2014.
De acordo com a CPFL Paulista (Companhia Paulista de Força e Luz), o principal objetivo da medida é melhorar o aproveitamento da luz natural. Segundo o diretor de operações de distribuição da CPFL Energia, Marco Antonio Villela de Abreu, com os dias mais longos, é possível reduzir o consumo de energia elétrica e diminuir a demanda no horário de pico do consumo, das 18 às 21 horas.
“Na média, as pessoas chegam em casa a partir das 18 horas, início da noite. Logo, uma das primeiras ações é acender a luz. Na mesma hora, entram em operação a iluminação pública e os luminosos comerciais, por exemplo. No período do horário de verão, as cargas das residências e de iluminação pública passam a operar após as 19 horas, quando o consumo industrial começa a cair”, explicou.
Abreu ainda explica que ao deslocar o horário oficial em uma hora, dilui-se por um período maior o momento de entrada em funcionamento desses equipamentos. “Dessa forma, o ganho, além da economia, está em afastar os riscos de sobrecarga no sistema elétrico no momento que o sistema atinge o seu pico de carga coincidente”.
A estimativa é que nesta edição do horário aconteça uma redução da ordem de 0,62% no consumo de energia elétrica nas 234 cidades da área de atuação da CPFL, no ano passado, essa economia significou 0,7% de economia. Essa economia de consumo alcançará 68.019 MWh, volume suficiente para atender uma cidade do porte de Campinas, com 1,1 milhão de habitantes, durante 7 dias. Ou Bauru por 27 dias, Ribeirão Preto por 15 dias, São José do Rio Preto por 25 dias. No período de pico, há expectativa de uma redução de 2,5% na demanda de energia.
A medida foi adotada pela primeira vez no Brasil em 1931, mas de forma consecutiva, o horário de verão acontece há 28 anos. Esta é 43ª edição do horário de verão no Brasil. Os estados que adotam a medida são: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.
OPINIÕES
Entre a população, há quem ame e quem odeie o horário de verão, e cada um enfrenta como pode os efeitos adversos que a mudança de em uma hora provoca no organismo. Para a professora Rosane Caumeto, 47, adiantar o relógio em uma hora significa ter mais tempo para fazer as tarefas domésticas quando chega do trabalho e facilita também as viagens. “Acho que é muito melhor sair no horário de verão para viajar, porque demora mais para amanhecer e acabamos ganhando tempo na estrada, a viagem rende”.
Já as opiniões da estudante Michele Paola, 17, e do calheiro Renan Alves, 24, divergem ainda mais. Enquanto ela não gosta da mudança por conta da bagunça de horários, ele não sente nenhuma diferença. “Acho que é indiferente, não muda muita coisa nem para bem nem para mal”, disse Alves. (texto de Clel Ribeiro).
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