A jaguatirica e o gato-mourisco são temas de selos da “Série Animais da Fauna Brasileira”. A emissão, que inclui dois selos e um cartão-postal, será lançada nesta terça-feira, 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, nas cidades de Campo Grande/MS e São Luís/MA, chamando a atenção para a necessidade de preservação dos felinos e seus habitats.
As imagens utilizadas nas estampilhas foram registradas pelos fotógrafos Adriano Gambarini (Gato-mourisco) e Edson Endrigo (Jaguatirica).
Cada selo tem tiragem limitada de 150 mil unidades (300.000 selos, no total) e valor facial de 1º Porte da Carta Comercial, atualmente R$ 1,10. Já o cartão-postal, tem uma tiragem de 3 mil unidades ao preço de R$ 1,05 cada.
Após o lançamento, as peças filatélicas poderão ser adquiridas nas agências e na loja virtual dos Correios (www.correios.com.br/correiosonline).
HISTÓRICO
Nos selos postais brasileiros, os Correios têm divulgado espécies da fauna, a título de torná-las conhecidas e pela necessidade crescente de preservá-las em função da importância que exercem no meio ambiente.
Nesta emissão, os selos são ilustrados com as espécies de felinos popularmente conhecidos como jaguatirica e gato-mourisco.
Gato-mourisco (Puma yagouaroundi)
O gato-mourisco (Puma yagouaroundi), também conhecido como jaguarundi e gato-vermelho, é um felino de porte pequeno, com corpo de formato alongado devido à sua cabeça pequena, orelhas curtas, corpo esguio e cauda longa.
O comprimento de seu corpo varia de 49 a 83 cm e o de sua cauda de 31 a 52 cm, seu peso vai de 3 a 7,5 kg.
Sua pelagem possui coloração uniforme, variando do pardo ao cinza escuro. Em algumas regiões, especialmente no Nordeste, possui coloração castanha avermelhada.
Jaguarundis são encontrados desde o sul do Texas, ao longo da costa do México, na América Central e na América Latina até o norte da Argentina. No Brasil é uma espécie consideravelmente comum, ocorrendo em todos os biomas brasileiros em uma grande variedade de habitats, desde áreas florestadas até regiões de caatinga. Adapta-se a ambientes antropizados como áreas de pastagens e plantações.
Possui hábitos solitários, mas eventualmente podem ser observados aos pares. Sua atividade é predominantemente diurna, por isso é possível vê-los no campo com certa frequência.
Os gatos-mouriscos alimentam-se exclusivamente de carne, podendo atacar animais de pequeno porte como aves, roedores e pequenos répteis.
Jaguatirica (Leopardus pardalis)
A jaguatirica (Leopardus pardalis), também conhecida como gato-maracajá e gato-pintado, é um felino de porte médio e compleição robusta. O comprimento de seu corpo varia de 66 a 105 cm e sua cauda de 30 a 50 cm; seu peso vai de 6,5 a 15 kg.
Sua pelagem é em tons de amarelo com ocelos escuros distribuídos ao longo do corpo, que se unem de maneira a quase formar bandas emendadas na região do pescoço e nas laterais do corpo. As regiões do ventre e da garganta são esbranquiçadas. Possui também uma mancha branca atrás da orelha.
As jaguatiricas são encontradas do sul do Texas ao longo da costa do México, na América Central e na América Latina até o norte da Argentina. Habitam uma grande variedade de habitats, desde que tenha certa cobertura vegetal, evitando áreas completamente abertas. No Brasil, é uma espécie consideravelmente comum, ocorrendo em todos os biomas brasileiros em uma grande variedade de habitats, exceto no sul do Rio Grande do Sul.
Animal de hábito solitário, dificilmente é observado em pares. Possui atividade no horário crepuscular-noturno, apesar de eventualmente ser observado em atividade durante o dia. Apresenta o hábito alimentar estritamente carnívoro, se alimentando de uma diversidade grande de itens, mas principalmente de mamíferos de pequeno e médio porte, aves e répteis. Comumente gera conflitos com a população humana, devido à predação de aves domésticas.
As duas espécies divulgadas são ameaçadas pela destruição de seus habitats e consequente diminuição na disponibilidade de presas; também são caçadas por retaliação ao ataque de animais domésticos. Na lista nacional de espécies da fauna ameaçadas de extinção, apenas uma subespécie (Leopardus pardalis mitis) consta como ameaçada de extinção, e é classificada como “Menos preocupante (LC)” pela IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza).
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