sábado, 20 de março de 2010

Maristela Mota - (Rio de Janeiro) e seu OUTONO

De tons
Sons
Cores
É feito você

Dos sabores
Nesse outono
Pra mim indefinível
Simplesmente, Ser

Traz
A agitação das águas
Que silenciosamente
Devassam a areia
Beijando
Sem esperar

Em contraponto
Guarda
Tom de voz que acalma
Uma beleza na aura
Mãos que abrasam
E brilho no olhar

Dissipa
As nuvens pesadas
Feito leve brisa
Que ternamente passa
Com uma luz
Vem clarear

E é na amplidão
Dos sentidos
Onde vive
O mistério dos indescritíveis
Que sua essência
Se faz revelar

Tremor
Em mansidão
Que o espaço
Invade

Som de cordas
Que a vida faz vibrar

Mostrou-se tão pleno
Como se fosse a própria verdade
Que mesmo que esse outono
Agora findasse

Ainda assim
Eu continuaria
A acreditar

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Um comentário:

Mariano P. Sousa disse...

Tão sereno como a brisa do outono!
Um belo poema.
Beijos!