Foi exatamente em 03 de outubro de 1804, que nasceu, na cidade de Lyon, na Franca, aquele que, como professor, se notabilizaria, por introduzir na civilização humana os princípios da Doutrina Espírita, como resultado de legítimas pesquisas mediúnicas, sempre embasadas na Ciência, realizadas em Paris, capital da França. Na pia batismal recebeu o nome de Hyppolite Léon Denizard Rivail, dado pelo seus pais, o magistrado Jean Baptiste Antoine Rivail e sua esposa Jeanne Duhamel. Foi levado a estudar, a partir dos 10 anos, no Instituto de Yverdum, na Suiça, dirigido pelo notável e conhecido educador João Henrique Pestalozzi.
O professor Rivail ao voltar do Instituto de Yverdum, Suiça, para Paris, França, dedicou-se totalmente á Educação, área a que consagrou toda sua vida. Só pela Educação, costumava dizer, poderemos melhorar o ser humano. Em 1826, portanto com pouco mais de 22 anos, fundou o Instituto Técnico de Paris, e, aos 27 anos, já editara vários livros além de tornar-se diretor da Academia de Paris. Era igualmente membro de diversas sociedades científicas e premiado pela Real Academia de Ciências de Arrás, pelo trabalho “Plano proposto para a melhoria da Educação Pública”. Em 1832 casou-se com a também professora, Amélia Gabriela Boudet, sua doce Gabe, como dizia, que muito o ajudaria nas suas tarefas, e principalmente na divulgação dos livros da codificação, depois de 1857, ano da publicação de “O LIVRO DOS ESPÍRITOS”, e que assinala o nascimento do Espiritismo no mundo.
A EDUCAÇÃO, afirmava, “ é a arte de formar os homens, isto é, a arte de fazer eclodir neles os germes de virtude e abafar os do vício, de desenvolver sua inteligência e de lhes dar instrução própria ás suas necessidades; enfim, de formar o corpo e de lhes dar força e saúde. Numa palavra, a meta da Educação consiste no desenvolvimento simultâneo das faculdades, físicas e intelectuais.” Rivail = Textos Pedagógicos – Ed. Comenius – 1ª Ed. 1998/SP – pág 15 Acrescentava ainda : “ …é preciso conhecer perfeitamente o caminho que se deve percorrer.”
Fizemos alusão ao trabalho educativo desenvolvido pelo professor Rivail que, com a idade de 50 anos já contava com mais de quarenta livros editados, muitos deles adotados nas escolas francesas. Tudo isso, naturalmente, dava-lhe o crédito necessário para as investigações que viriam a seguir, e que exigiam absoluta seriedade e racionalidade.
Só depois de toda esta imensa tarefa educativa, é que partiu para a INVESTIGAÇÃO DOS FENÔMENOS MEDIÚNICOS, que passavam a ser freqüentes, chamando a atenção de muitas pessoas, a maioria das quais não lhes davam porém, uma racional explicação. Esse trabalho imenso competia a ele realizar, por ser um homem absolutamente sério nos seus estudos, e racional nas suas conclusões. Podemos até dizer que Denizard Rivail, era positivista, no sentido de SÓ ADMITIR O QUE PUDESSE SER CIENTÍFICAMENTE COMPROVADO.
Com mais de 50 anos portanto, homem de ciências que era, Rivail foi convidado por eruditos amigos, entre eles Fourtier, a analisar os fenômenos mediúnicos, fenômenos que, vindo da América do Norte, com os conhecidos fatos que envolveram a FAMÍLIA FOX, em Hydesvile, Rochester, nos Estados Unidos, se difundiram depois para os países europeus, particularmente a Alemanha, e após a França, onde o professor Rivail, o futuro Kardec, adrede preparado, foi convocado para a extraordinária tarefa que o aguardava.
Hippolyte Léon Denizard Rivail, nos 15 anos finais de sua existência, já que desencarnou com 65 anos, em 1869, registrou neste período de sua existência, a realização e cumprimento da extraordinária tarefa, para a qual realmente houvera nascido, a codificação da Doutrina Espírita.
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