São José do Rio Preto acaba de receber o Selo de Município Livre de Analfabetismo, concedido pelo Ministério da Educação (MEC). O título, emitido a apenas 207 das 5,5 mil cidades brasileiras, é outorgado aos municípios que atingiram índice igual ou superior a 96% de alfabetização.
Segundo a secretária de Educação, Telma Antônia Marques Vieira, o índice do município é de 96,8%. “O índice foi calculado com base nos dados do Censo Demográfico do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2010. Esse selo reflete o trabalho sério que temos feito nesta gestão, é uma honra”, explica.
De acordo com o MEC, a concessão do selo está prevista no Decreto 6.093, de 24 de abril de 2007, que prevê a universalização da alfabetização de jovens e adultos com 15 anos ou mais. No Estado, apenas 39 dos 645 municípios paulistas receberam o título.
Em Rio Preto, segundo o coordenador do programa de Educação para Jovens e Adultos (EJA) da Secretaria de Educação de São José do Rio Preto, Carlos José Martins, o analfabetismo é trabalhado dentro do programa Paulo Freire, implantado no município desde 2002.
O objetivo do Paulo Freire é atender a camada da população que não teve acesso à escola por diversos fatores, como por exemplo, distância (por residir na zona rural), necessidade de trabalhar desde a infância, exclusão do ambiente escolar em função de dificuldades de aprendizagem ou ainda, pertencentes a um núcleo familiar em que este tipo de conhecimento era desvalorizado.
“Desde a implantação já foram alfabetizadas cerca de 2 mil pessoas. A busca ativa por novos alunos é constante, por isso os índices de Rio Preto são altos. Nos últimos cinco anos, inclusive, praticamente dobraram o número de novas salas no município”, explica o coordenador.
Atualmente, o projeto Paulo Freire atende a 250 pessoas em Rio Preto em 11 salas de aula. O programa já está instalado nos quatro Complexos Educacionais Núcleos da Esperança, no Parque Ecológico Joaquim de Paula Ribeiro, na região norte, além das escolas municipais Darci Ribeiro, Cyrino Vaz de Lima, no Nova Esperança, Michel Pedro Sawaya e na Caapac.
Dentro do projeto, as aulas têm a mesma duração no período do ano letivo, com carga horária diária de 3 horas, de segunda-feira a quinta-feira. A Secretaria Municipal de Educação oferece transporte, material para as aulas e alimentação. Após alfabetizados, os estudantes são encaminhados ao EJA, onde podem concluir os estudos.
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