segunda-feira, 18 de março de 2013

Hospital de Base de Rio Preto abriga obras do artista primitivista José Antônio da Silva



Começou no dia 13 e vai até o dia 22 de março nas dependências do Hospital de Base de Rio Preto, a exposição com 18 réplicas dos quadros do artista primitivista José Antônio da Silva, considerado o maior artista naif (ou primitivo) do Brasil.
Os quadros estarão expostos no corredor de acesso aos elevadores, no saguão em frente à emergência pediátrica e, possivelmente, no saguão de acesso à emergência do SUS.
O Hospital de Base de Rio Preto foi um dos 5 locais da cidade escolhidos para participar da  “Semana José Antônio da Silva”, iniciativa da Prefeitura de Rio Preto para comemorar o aniversário do artista José Antônio da Silva (Sales Oliveira), nascido em 12 de março de 1909, e o aniversário da cidade.
O diretor executivo do HB, Dr. Horácio José Ramalho, ressalta a importância deste tipo de evento dentro do hospital. “Um evento como este reflete muito positivamente em nosso trabalho na humanização hospitalar e oferece para nossos funcionários e pacientes a oportunidade de conhecer e preservar na memória nossas raízes culturais”, afirma Dr. Horácio.
Silva é considerado um artista naif ou primitivo. Autor de livros, como o "Romance de minha vida", publicado em 1949, "Maria Clara", em 1970, e "Sou pintor, sou poeta", em 1981, também gravou dois long plays em vinil contando "causos" e falando sobre sua vida. Foi retratado em um curta-metragem dirigido por Carlos Augusto Calil, "Quem não conhece o Silva?". Retratou em sua obra a transformação da mata em lavoura e a transformação de um país agrário em urbano.
 QUEM FOI 
José Antônio da Silva nasceu em Sales Oliveira, 1909; morreu em São Paulo, 1996.
Pintor e escritor; considerado o maior naïf do Brasil.
É o rio-pretense mais famoso nas artes plásticas, no Brasil e no exterior.
Criado na roça e filho de humildes meeiros, José Antônio chegou a Rio Preto bem jovem, a capinar em sítios e fazendas da região. Sua disposição para a arte o chamou para a cidade, em finais de 1930.
Desde criança sentiu inclinação para o desenho. Rabiscava em superfícies improvisadas. Autodidata, corajoso, visionário e aventureiro, inventando os próprios meios, Silva barganhava pinturas por mantimentos, remédios e bugigangas
Semi-alfabetizado, e durante 10 anos, escreveu o Romance da Minha Vida, editado em 49 pelo Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Silva foi revelado em 1946, na exposição de inauguração da Casa de Cultura, pelos críticos Lourival Gomes Machado, João Cruz Costa e Paulo Mendes de Almeida.
Imbuídos estética e ideologicamente pelo Modernismo de 22, aqueles intelectuais enxergaram no artista genuína expressão da cultura rural brasileira, mormente a caipira.
Expôs em 50 no MAM - Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Em 51 recebeu o Prêmio de Aquisição do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque.
No ano seguinte, foi selecionado para participar da XXVI Bienal de Veneza.
Em 53 participou da II Bienal de São Paulo;
em 54, foi premiado pela II Bienal Hispano-americana de Havana;
Em 56, mencionado no “The Arts in Brazil”, de Pietro Maria Bardi, Milão;
em 60 foi referido no “Who’s who in Latin América”, dicionário de personalidades notáveis editado por Wheeler Sammors de Chicago.

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