Em 1969, em São Paulo, durante um congresso organizado pela Comissão Estadual de Filatelia, ficou definido que o dia do Filatelista seria 5 de março, dia do aniversário da assinatura do Decreto de 1829, baixado por D. Pedro I, que organizou os Correios do Brasil, definindo tarifas e outras medidas de importância para os serviços postais.
A escolha da data justifica-se pelo fato das medidas de D. Pedro I culminarem com a independência e a organização dos Correios do Brasil. Isso possibilitou que, em 1º de agosto de 1843, 14 anos depois, fosse emitido o primeiro selo postal brasileiro.
Segundo país do mundo e primeiro das Américas a adotar o selo postal como comprovante de franqueamento, o Brasil deve seu pioneirismo ao imperador D. Pedro II. Sensível às idéias inovadoras, D. Pedro II vislumbrou em um pequeno pedaço de papel, o selo Penny Black, primeiro selo emitido no mundo, em 1º de maio de 1840, na Inglaterra, uma conquista que marcaria definitivamente o destino dos correios.
Colecionar selos é um passatempo que mobiliza milhares de pessoas no Brasil. O trabalho do filatelista não se resume em recolher selos e guardá-los. Trata-se também de organizá-los, separando-os de acordo com país, época, tema, variedade ou algum outro critério. Além de colecionar selos, o filatelista se ocupa também dos carimbos, franquias mecânicas, folhas comemorativas e blocos.
Os selos perpetuam a história e propagam o que de mais valioso um País acumula ao longo de sua trajetória. Em cada tema abordado, uma descoberta, e a certeza do imenso potencial do selo e da missão dos Correios de torná-lo a expressão máxima da comunicação.
Neste dia tão especial para os filatelistas, esta Coluna deseja aos colecionadores do Brasil pleno êxito no desenvolvimento de suas atividades. Ao viver as emoções de cada motivo de selo postal, o filatelista promove a divulgação da cultura, da paz e da integração entre os povos de todas as Nações.
Você Sabia?
Neste dia dedicado aos filatelistas brasileiros, apresentamos algumas curiosidades relativas ao colecionismo.
Em 1852, o belga Jean-Baptiste Moens já se torna o "pai da Filatelia", comprando e vendendo selos e moedas. Lançou o primeiro catálogo ilustrado e a primeira revista filatélica mensal.
A palavra Filatelia (Philatélie) – que pode traduzir-se por “amor às franquias” – foi criada por um colecionador francês, de nome Herpin, em 1863. Em 1865, Herpin fundou, em Paris, a Sociedade Filatélica (Société Philatélique), ou seja, a associação daqueles que “amam as franquias”. A partir de então, a palavra Filatelia e suas derivações, como Filatelista e Filatélico, foram adotadas no mundo inteiro, tanto pelos colecionadores como pelos operadores postais.
É difícil dizer a data exata em que as pessoas começaram a colecionar selos de correio, mas a idéia deve ter surgido pouco depois de aparecerem, no mundo, os primeiros valores postais, em meados do século XIX.
A filatelia, isto é, a constituição metódica e racional – pode-se dizer, quase científica – de coleções, por parte de verdadeiros amadores que lhes dedicaram os seus cuidados, as suas pesquisas, os seus tempos livres e uma parte de suas economias, nasceu cerca do ano de 1862.
O primeiro trabalho que enumerava todos os selos postais já emitidos no mundo, obra esta intitulada “Catálogo de Selos Postais”, foi publicado pelo cidadão francês Alfred Potiquet, em 1861.
Em abril de 1862, foi editado o primeiro catálogo inglês, intitulado “Prontuário dos Colecionadores de Selos Postais”, obra de um jovem artista de Brighton, chamado Frederic Booty. A partir do mês de maio seguinte, surgiram edições mensais daquele prontuário, as quais se mantiveram até o final daquele ano.
A 15 de dezembro de 1862 foi publicado o primeiro periódico inteiramente consagrado às emissões de selos postais, com edição de mensal e cujo título era “Stamp Collector’s Monthly Advertiser”. A partir de fevereiro do ano seguinte surgiu uma segunda publicação periódica especializada. Ao mesmo tempo, a firma MOENS, de Bruxelas, lançou o jornal “Lê Timbre-Poste”. A partir daqui, a literatura filatélica adquiriu um considerável desenvolvimento por todo o mundo.
Alguns países dão tanta importância a esse tipo de colecionismo que a Filatelia se tornou matéria obrigatória em currículo escolar. Há alguns anos, o Bank of Boston editou uma cartilha aos seus gerentes, com dicas para a vida profissional e pessoal. No tópico Organização e Método a primeira dica era: Colecione Selos. Em vários países europeus os pais ensinam seus filhos a colecionar selos desde cedo e as coleções passam por gerações.
Os Correios do Brasil são um de poucos países no mundo que editam uma revista dedicada aos selos e aos filatelistas, a Revista Correio Filatélico – COFI, que tem hoje quase 8 mil assinantes no País e 200 no exterior.
Os selos brasileiros também são um sucesso no exterior. Mensalmente, nossa Agência de Vendas a Distância atende cerca de 300 pedidos de filatelistas estrangeiros, principalmente europeus, americanos e japoneses.
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