Nossa violeira com o prêmio Rozini de Musica Sertaneja |
Nossa jovem violeira, cantadora e compositora Juliana Andrade, nasceu em Taboão da Serra-SP e começou a tocar viola caipira com apenas 14 anos de idade, influenciada pelo bom gosto de seu pai, Francisco Andrade, que também se dedicava a viola, apesar de não ser conhecido pelo grande público. A própria Juliana conta que seu pai era violeiro, mas queria que seus filhos aprendessem. Juliana começou a pegar a viola escondida e, quando ele percebeu, já tinha uma violeira em casa.
Inezita Barroso conheceu Juliana quando ela tinha apenas 15 anos de idade, em 1995, quando o “Viola Minha Viola” homenageava João Pacífico, de quem a jovem violeira é grande apreciadora.
Formando a dupla com Jucimara, também violeira de Taboão da Serra-SP, Juliana participou do 19º Festival “Violeira Rose Abrão” que fez parte da 47ª Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos. Apreciadora das Irmãs Freitas e também de Tião Carreiro e Pardinho, Jucimara fez a segunda voz, além de tocar viola e violão.
A dupla Juliana de Andrade e Jucimara conquistou nesse festival o primeiro lugar e receberam também o título de “As Melhores Violeiras do Brasil”.
Foi a primeira vez que uma dupla feminina não só esteve entre os dez primeiros colocados na história desse festival, como também conquistou o primeiro lugar. Essa vitória em Barretos, sem dúvida, abriu as portas e impulsionou Juliana e Jucimara para a gravação do primeiro CD, “As Violeiras do Brasil”.
Para Juliana, a vitória não apenas serviu como uma arma contra o preconceito que ainda se tem contra a mulher, mas também foi de encontro à discriminação dos jovens e da mídia.
Algum tempo depois, foi desfeita a dupla; Jucimara formou nova dupla com Sandra Reis, enquanto Juliana Andrade prosseguiu em carreira-solo.
Além de Inezita Barroso, Juliana de Andrade e Jucimara tiveram também o apoio do Praiano (que foi parceiro de Tião Carreiro no início da década de 90) e de Jesus Belmiro que cedeu inclusive uma composição sua para o trabalho da dupla: "Diamante Verde" (Jesus Belmiro e Juliana Andrade). O primeiro CD, além de composições próprias, traz também raridades como “Felicidade”, composta por Raul Torres em 1932” e também duas composições instrumentais em solo de viola: "Brincando com a Viola" (Gedeão da Viola) e Herança de Pai (Francisco Andrade).
Juliana também recebeu no ano 2000 o título de Princesa da Viola que foi concedido pelos ouvintes e telespectadores da Rádio e TV Cultura de São Paulo.
Destaque também para o segundo CD de Juliana Andrade intitulado "A Viola da Princesa" lançado pela Zan-Brasidisc com destaque para composições próprias tais como "Pagode 2000" (Juliana Andrade) e "Raiz Brasileira" (Juliana Andrade), além de composições já consagradas, tais como "Direito de Cantar" (Zé Mulato e Cassiano), "Lembrança" (José Fortuna), "Saudades de Matão" (Antenógenes ,Jorge Gallati e Raul Torres), "Chalana" (Mário Zan e Arlindo Pinto) e "Chico Mulato" (João Pacífico e Raul Torres), além de diversas interpretações com de viola.
O terceiro CD de Juliana Andrade (o segundo em carreira-solo), intitulado "Violeira do Universo" lançado pela Zan-Brasidisc em 2005, com destaque para composições próprias tais como "Pagode do Século" (Juliana Andrade e Arnaldo Freitas), "Violeira do Universo" (Juliana Andrade), "Sonho Lindo" (Ronaldo Viola e Juliana Andrade) e "O Vôo da Borboleta" (Juliana Andrade), além da participação de seu pai como Compositor, na faixa "Viola no Luar" (Francisco Andrade).
Em 2006 Juliana Andrade reatou a dupla com Jucimara, com novo CD já lançado ("As Violeiras do Brasil") que é uma reedição do primeiro CD, contendo algumas faixas-bônus.
Em 2010 lançam o terceiro CD da dupla com o título "Espada da Esperança", com destaque para as músicas "Pássaro Sem Ninho", "Violeiras do Brasil" e "Regência do Destino".
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