Nossa querida e vizinha cidade de Jaci ou "Capital do Milho" vai transformar cento e cinquenta toneladas de espigas de milho em pamonha, curau, pizza, nhoque, bolo e até mesmo churros na 22ª Festa do Milho de Jaci que começa a partir das 9h do próximo dia 13, domingo, e tem continuidade no próximo domingo, dia 20. Neste ano, a novidade do cardápio é a costela no tacho de milho. Cerca de 1,5 mil voluntários trabalham para preparar e servir os quitutes ao público, estimado em 50 mil pessoas - dez vezes mais que a população da cidade. Todo o valor arrecadado será destinado à Associação Lar São Francisco de Assis na Providência de Deus, que administra 39 obras assistenciais no Estado de São Paulo e Minas Gerais. O caráter solidário é o principal atrativo do evento, segundo frei Francisco Belotti, fundador da associação. “A festa une as pessoas. Fico admirado pelo empenho e despojamento de tantos voluntários, que passam meses trabalhando apenas para ajudar”, diz o padre. Geni Romão Guimarães, 60 anos, trabalha há 20 anos na festa. “Fico contando os dias para chegar”, diz. Iraci Venâncio Crippa, 59 anos, também é voluntária do evento. É dela a receita de nhoque que será servida durante a festa. “Gosto de ajudar. Formamos uma família aqui”, diz. Para o voluntário Romualdo Sígoli, 48 anos, participar traz um ganho espiritual. “Estamos colaborando para obras e pessoas que dependem do nosso trabalho.” O resultado da dedicação de tanta gente, segundo frei Francisco, é o sucesso do evento. “A festa cresce a cada ano. Vemos famílias inteiras aqui, passeando e se divertindo em um ambiente tranquilo”, diz. “Aqui rezamos como se tudo dependesse de Deus e trabalhamos como se tudo dependesse da gente.” O valor dos quitutes varia entre R$ 2 e R$ 5. Os pratos de almoço saem por R$ 10. Eles incluem arroz, milho refogado, creme de milho, pão, vinagrete e um tipo de carne ou então macarrão e nhoque de milho. O estacionamento para carros e motos também custa R$ 10. Ônibus e vans pagam R$ 25. Há quatro mil vagas disponíveis.
História
A primeira festa do milho foi realizada no Salão Paroquial de Jaci, para poucas pessoas da comunidade. Naquela época, o Lar São Francisco dava seus primeiros passos. Havia apenas uma casa de recuperação para dependentes químicos. Sem convênios com órgãos de saúde, o lugar dependia totalmente das doações para sobreviver. “A ideia era fazer um evento para a cidade ou pequena região, como Neves Paulista e Mirassol. Nunca imaginei que seria tão grande”, declara frei Francisco. “Fazíamos pães de milho no forno de casa e levávamos para vender na festa”, conta Maria das Graças de Angelo Carraro, 57 anos, que trabalhou em todas as edições. “Não tínhamos estrutura nenhuma, mas era um prazer ajudar. Hoje, quando vejo aquela fila enorme de carros esperando para entrar na festa sinto uma emoção indescritível. É um reconhecimento.” Com o crescimento da associação, a festa também cresceu. A cada ano, é preciso dobrar a quantidade de produtos. Este ano, são 40 mil pamonhas, 12 mil curaus, 10 mil pizzas e 7,5 mil bolos. A preparação começou no dia 10 de janeiro, com a colheita das primeiras espigas. Já a produção dos alimentos acontece na semana da festa, para garantir que tudo esteja fresco. “Começamos a trabalhar por volta das 2h da manhã de domingo. Preparamos o creme de milho, a massa dos bolos. Assim, pela manhã, já temos um pouco do que será consumido”, diz frei Francisco, que coordena a cozinha-piloto do evento. Neste ano, a festa foi incluída no calendário oficial de eventos do Estado de São Paulo.
Obra
A Associação Lar São Francisco de Assis é responsável pela administração de oito hospitais gerais, quatro hospitais específicos, seis comunidades de recuperação para dependentes químicos, um albergue e quatro projetos educativos, entre outras obras. Em Rio Preto, a entidade administra o Ambulatório Médico de Especialidades (AME), o hospital-geral João Paulo 2º e o Hospital-Lar Nossa Senhora das Graças.
Local tem missa e opção de lazer
A comida é a principal, mas não a única atração da festa. Passeios a cavalo, charrete e trole estão entre as atividades que podem ser desfrutadas pelos visitantes. “As pessoas mais jovens não conhecem a vida rural, como era no passado. Já os mais velhos sentem falta desse tempo”, diz frei Francisco Belotti, fundador da Associação Lar São Francisco de Assis na Providência de Deus e idealizador da festa. A rotina da vida campestre pode ser conhecida de perto na Fazendinha, espaço que faz sucesso entre as crianças. No local há réplicas de forno a lenha, pilão e poço. além de animais como porcos, cavalos, cisnes, pavões, pôneis, vacas e coelhos e avestruzes. Há ainda brinquedos tradicionais, como pula pula e tobogã.
Para quem deseja conhecer um pouco mais da estrutura do Lar São Francisco a melhor opção é o passeio do trenzinho. O veículo dá a volta pela festa e segue até a casa de recuperação de dependentes químicos, onde começou o trabalho da Associação, há 25 anos.
Missas
A programação espiritual da festa inclui missas às 6h30, 11 horas, 13 horas e 15 horas. As celebrações acontecem na capela São Francisco de Assis, localizada dentro da festa. Padres estarão à disposição para realizar confissões e religiosos vão atender fiéis por meio da Pastoral da Escuta. “Quem quiser desabafar ou apenas conversar será acolhido”, diz o frei. (Fonte Diarioweb)
Nenhum comentário:
Postar um comentário