A alta dos combustíveis manteve o viés de inflação elevada. Com variação de 13,4% da gasolina e de 20,7% do álcool, o grupo dos transportes foi o que teve maior contribuição para que o IPC Geral –Índice de Preços ao Consumidor de fevereiro chegasse a 0,75%. O percentual só não foi maior porque o grupo dos alimentos registrou queda de 0,06%.
Já o IPC da Terceira Idade ficou em 0,42%. O percentual foi menor porque o grupo dos transportes não tem tanto impacto na composição do Índice para esse público e o dos alimentos, que tem maior contribuição, registrou queda, neste caso, de 22%.
“Com o retorno das chuvas, o grupo dos alimentos teve queda de preços. Se não tivermos mais fatores climáticos que prejudiquem a produção, a tendência de queda no preço dos alimentos continua. Isso em função de que em 2014 passaram a maior parte do ano em alta, então ainda possuem margem para a redução de valores. Porém, essa queda pode ser momentânea se voltarmos a enfrentar problemas climáticos”, explica Bruno Sbrogio, coordenador da pesquisa pelas Faculdades Integradas Dom Pedro II.
A tendência de alta da inflação continua para os próximos meses, tanto em razão do aumento da energia elétrica como do dólar.
“A alta do dólar beira o imprevisível. Antes era possível fazer previsão, mas atualmente não temos noção em que patamar a moeda americana poderá chegar. Com isso, remédios e outros produtos que possuem componentes importados serão impactados fortemente na composição dos custos e consequentemente no valor final para o consumidor”, destacou Emília Maria de Toledo Leme, coordenadora da pesquisa pela Prefeitura.
Em dois meses o IPC Geral registra 2,3% (1,61% em janeiro e 0,75% em fevereiro), desta forma, os coordenadores da pesquisa entendem que será muito difícil manter o centro da meta do governo para a inflação este ano, que é de 4,5%. No acumulado dos últimos 12 meses (de março de 2014 a fevereiro de 2015) são 5,9% para o Geral e de 5,2% para o da Terceira Idade.
A divulgação do IPC é realizada mensalmente pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Planejamento Estratégico, Ciência, Tecnologia e Inovação, e Faculdades Integradas Dom Pedro II em parceria com a FIPE –Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas. São realizadas cerca de 20 mil cotações de preços para a faixa de renda familiar de 1 (um) a 30 salários mínimos.
A pesquisa completa pode ser acessada por meio dos links:
http://www.riopreto.sp.gov.br/PortalGOV/do/subportais_Show?c=60182
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