Moradores de rua que integram a oficina de Arteterapia, do Centro Pop, do Serviço de Proteção Especial da Secretaria de Assistência Social, apresentaram a peça teatral “Vila Esperança”. A encenação foi feita a 50 crianças, de 10 a 12 anos, da Alarme, nesta quarta-feira (28/8), sob a coordenação da arteterapeuta, Daniella Simões Benetti.
O texto teatral, como explica Daniella, foi construído a partir das histórias individuais, desde a fase da infância, de cada participante. “É uma autobiografia do grupo, que eles representam com bonecos construídos com materiais recicláveis. Todos têm nomes e características próprias. Cada um é capaz de olhar para sua própria história de vida e tirar lições”, enfatiza a arteterapeuta.
A apresentação teatral é um trabalho lúdico de prevenção, a partir de histórias reais de pessoas que um dia também foram crianças e se arrependeram de terem escolhido viver na situação em que vivem. Foram apresentadas mensagens positivas no sentido de alertar sobre: dizer não ao crime, as drogas e álcool, usar preservativos para não pegar DSTs e não engravidar, respeitar e ouvir conselhos dos pais e ou adultos responsáveis, se afastar do convívio de pessoas com índole duvidosa, denunciar abuso, entre outros.
Para a apresentação, os moradores de rua gravaram um CD de áudio. A encenação com os bonecos foi acompanhada de muita música e interação com as crianças da plateia, junto com a coordenadora de Oficina da Alarme, Mara Lúcia Nespolo.
Esta foi a primeira apresentação do grupo que, emocionados também contaram que alguns companheiros do grupo, foram internados em clínicas de recuperação contra drogas, durante os ensaios da “Vila Esperança”. Ao final, as crianças da Alarme receberam pipas confeccionadas pelos moradores.
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