Os sábios antigos sempre ensinaram que a evolução da humanidade não se desenvolve, simplesmente, por acidente ou casualidade, mas sob o esboço de um plano e desejo concebidos por Deus e reconhecidos pelas mentes humanas, que são receptivas à sua impressão. Diziam que o plano, para esse particular ciclo da história humana, tem três objetivos: elevar o nível da consciência humana, aclarar a situação internacional por meio do estabelecimento de justas relações entre as nações do mundo e promover o crescimento da idéia de grupo.A exigência de liberdade, elemento tão inerente ao pensamento e aspiração humanos, é um passo necessário na evolução. Entretanto, quando está erroneamente orientada, a busca da liberdade pode se manifestar no desejo de ser independente do todo e na ênfase sobre a diferença dos demais. Isso conduz a um potencial para o que é, segundo se diz, o único e verdadeiro mal: a separatividade.
Partindo dessa premissa, há que se integrar o valor do indivíduo à realidade da humanidade. Existe um curioso atributo da natureza humana: a necessidade de se auto- definir, definir a própria identidade, por parte de um grupo maior e separado. De alguma maneira, às vezes, parece que a reação da humanidade ante a globalização é o desenvolvimento de uma consciência tribal - uma visão cada vez mais estreita do que constitui o próprio grupo, sua própria identidade e filiação.
A globalização diz respeito, essencialmente, aos níveis externos dos acontecimentos mundiais. Não obstante, se a humanidade responder sabiamente a tal fenômeno, despertará para a percepção da unidade que pulsa em toda a vida. A raça humana deve sempre desenvolver o sentido de universalidade da unidade humana.
Assim poderemos contemplar o desenvolvimento do plano de Deus, na expansão da consciência, revelada pela crescente disponibilidade da educação de massa e do reconhecimento, cada dia mais amplo, de culturas e experiências de indivíduos, cujas vidas são muito diferentes das nossas.
Verificamos, também, que a globalização, de algum modo, está ocorrendo antes que o sentido de universalidade esteja suficientemente ancorado na consciência humana. O impacto que exerce o sentido da totalidade sobre a consciência, ainda que assustador, é profundamente reconfortante, pois, apesar de estarmos submersos no todo, não perdemos nossa identidade.
A onda de globalização das últimas décadas é somente o começo. Não sabemos, realmente, aonde estamos indo, mas é claro que a humanidade determinará o seu destino em coletividade.
A unidade humana, sem a consciência do indivíduo, seria somente a expressão de um rebanho. O plano de Deus para a evolução progride mediante a expansão da consciência, até incorporar as mais amplas e inclusivas esferas do ser.
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