A vida na superfície do planeta Terra só foi possível em virtude da camada de ozônio que o envolve. Inicialmente, a vida apareceu no fundo do mar, com as algas unicelulares, as quais produziram o oxigênio que veio à superfície terrestre e foi transformado em ozônio pela ação dos raios solares ultravioleta. A camada de ozônio está localizada a uma altura que varia de 20 a 40 km da superfície da Terra. O ozônio (O3) é uma variedade alotrópica do Oxigênio (O2). É um gás azulado que protege nosso planeta, filtrando as radiações ultravioleta emitidas pelo Sol.
A destruição da camada de ozônio é um dos mais graves problemas ambientais herdados do século XX. Essa destruição, ainda que parcial, diminui a resistência natural da Terra e oferece passagem aos raios solares prejudiciais à saúde de seres humanos, animais e plantas. As conseqüências mais conhecidas são o câncer de pele, problemas oculares, diminuição da capacidade imunológica etc. O problema começou a partir de 1930, quando algumas substâncias foram produzidas artificialmente em laboratório, especialmente as aplicadas em refrigeração (geladeiras, ar-condicionado etc.) e nos aerossóis.
Em 1985, os cientistas detectaram que o equilíbrio da atmosfera estava sendo alterado. Na Antártida, houve grande redução da espessura dessa camada. Esse fenômeno, denominado "buraco na camada de ozônio", está em contínua expansão e vem sendo percebido com bastante freqüência.
Nas últimas décadas, tentou-se evitar ao máximo a utilização do gás que destrói o ozônio, o clorofluorcarboreto (CFC). Mesmo assim, o buraco produzido na camada de ozônio continua a aumentar, fato que preocupa cada vez mais a população mundial. As ineficientes tentativas de se diminuir a produção de CFC, devido à dificuldade de se substituir esse gás, sobretudo nos refrigeradores, poderão ter conseqüências funestas para a humanidade.
As massas de ar circulam no mundo todo. Um poluente lançado no Brasil pode atingir a Europa, devido às correntes de convecção. Essa circulação de ar não ocorre na Antártida, em virtude do rigoroso inverno de seis meses. Os poluentes atraídos durante o verão permanecem nessa área até a época de subirem para a estratosfera. Ao chegar o verão na Antártida, os primeiros raios de sol quebram as moléculas de CFC e aumentam o buraco.
Em 1998, o tamanho do buraco da camada de ozônio da Antártida foi o maior já registrado, com mais de três vezes o tamanho do Brasil. Ainda não existe um resultado positivo para recuperar a camada de ozônio, não só na Antártida, como também em todo o mundo. O Brasil tem participado desse trabalho de avaliação contínua da camada de ozônio, monitorando o país e a Antartida, onde mantém, desde 1999, uma equipe na Base Comandante Ferraz, para medir o buraco da camada de ozônio por meio de balões de pesquisa.
Ver também Dia Internacional do Planeta Terra (p.183), Dia do Aniversário da Eco-92 (p. 284), Dia Mundial do Meio Ambiente (p. 291), Dia Mundial da Ecologia (p. 288) e Dia Nacional do Ibama (p. 70).
Nenhum comentário:
Postar um comentário