terça-feira, 15 de abril de 2014

Dia Nacional da Conservação do Solo


Durante a década de 1980, o mundo viveu um rico período de produção de gêneros alimentícios, como resultado do avanço tecnológico, sobretudo no campo. Esse fenômeno, chamado de "revolução verde", foi uma época de grande progresso para a humanidade. Hoje, há uma gradual perda de produtividade.


Durante a década de 1980, o mundo viveu um rico período de produção de gêneros alimentícios, como resultado do avanço tecnológico, sobretudo no campo. Esse fenômeno, chamado de "revolução verde", foi uma época de grande progresso para a humanidade. Hoje, há uma gradual perda de produtividade. A fome vem se instalando em diversos lugares, a começar pelos países mais pobres. Se, por um lado, a evolução tecnológica do campo permitiu haver aumento de produtividade, de outro, a exploração irracional do solo está promovendo a sua degradação contínua, o que pode provocar um fenômeno inverso à revolução verde.
Infelizmente essa é uma realidade já prevista por diversos institutos e centros de pesquisa criado para desenvolver programas de conservação do solo no Brasil e no exterior, em busca de fórmulas que evitem tal catástrofe. Segundo esses órgãos, a ação humana está diretamente relacionada à degradação do solo, contribuindo para o esgotamento de nutrientes e para a erosão de solos abandonados ou mal cultivados.
Os números têm sido alarmantes nos últimos anos, pois apontam que a degradação do solo já reduziu significativamente a produtividade de um quinto das áreas cultivadas no mundo todo. A América Central aparece em primeiro lugar, com três quartos de terras seriamente deterioradas. O Nordeste brasileiro é outra área em que os índices não são dos melhores.
Segundo o maior estudioso do solo, no Brasil, o pesquisador Altir Corrêa, o crescimento da população, a urbanização e a falta de cuidados com o solo nos países em via de desenvolvimento devem provocar um aumento notável da procura de alimentos de origem animal. Os governos e a indústria devem preparar-se para essa revolução contínua, com políticas de longo prazo e investimentos.
Entre os principais fatores que contribuem para a degradação do solo, estão as causas naturais - como o clima, que provoca erosão - e as causas artificiais, ligadas à intervenção do ser humano. Mesmo as causas naturais sofrem a influência humana. O clima árido, por exemplo, pode ser provocado pelos poluentes despejados na atmosfera, fato que eleva a temperatura global. O desmatamento e as queimadas são também fatores importantes que desestruturam o solo, deixando-o vulnerável à erosão.
Em virtude de a intervenção humana não só potencializar os fatores naturais de degradação do solo, como também acelerar esse processo por meio de uma exploração irracional dos meios naturais, é necessário encontrar saídas para proteger esse patrimônio, para que as futuras gerações não sofram com a fome.

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