O festival “Em Janeiro Teatro Pra Criança é o Maior Barato” segue para o seu quarto dia neste sábado (12 de janeiro), com três apresentações de espetáculos para toda a família e um adulto, além de um workshop sobre a dramaturgia feita para crianças.
Batizado de “Hora da Troca”, o workshop será realizado no Fábrica de Sonhos – Espaço de Arte, das 10h às 13h, com a participação dos artistas Marcelo Romagnoli, Jurandyr Pereira e Gabriela Rabello. A proposta é refletir junto com a classe artística e o público interessado sobre a produção de textos teatrais para criança na atualidade.
Dramaturgo e diretor, Marcelo Romagnoli atua nos teatros adulto e infanto-juvenil em São Paulo desde 1994. Desde 2004, escreve e dirige os espetáculos da Banda Mirim. É formado em direção teatral pela ECA/USP e em história da arte pelo Instituto Lorenzo de Médice (Florença, Itália). Acumula vários prêmios como dramaturgo e diretor, entre eles o APCA 2012 de Melhor Texto (“Terremota”).
Já Jurandyr Pereira é um dos maiores autores para o teatro infanto-juvenil brasileiro. Comerciante e publicitário, ele foi premiado várias vezes como dramaturgo, tornando-se conhecido na cena cultural do país. A crítica o considera um dos “melhores contadores de histórias”.
Atriz, dramaturga e educadora, Gabriela Rabello começou a fazer teatro em Belo Horizonte (MG), sob a direção de Haydée Bittencourt. Veio depois para São Paulo, onde continuou seus estudos na área teatral. É professora universitária na área de artes cênicas. Dentre seus trabalhos como atriz está o espetáculo “Os Náufragos do Louca Esperança” (2011), do Théâtre du Soleil.
Cia. O Grito – Comemorando 10 anos de história, a companhia paulistana O Grito apresenta mais um espetáculo de seu repertório neste sábado: “Marujo O Caramujo e a Minhoca Tapioca”. O espetáculo tem duas apresentações no Teatro Municipal “Humberto Sinibaldi Neto”: às 15h e 20h. O ingresso custa apenas R$ 1,99.
Escrita especialmente por Hugo Possolo para a Cia. O Grito, a peça aborda de forma bem humorada os conflitos da separação de um casal.
Narra a história do aventureiro caramujo Marujo e sua esposa, Tapioca, uma minhoca que vive fechada em seu próprio mundo. Depois de viverem uma grande paixão, a convivência entre eles se torna impossível, e a separação é inevitável. Porém, as brigas continuam e o filho do casal acaba fugindo para o desespero de seus pais, que arrependidos, decidem acabar com as desavenças e dar atenção aos sentimentos da criança.
“A peça lança um olhar sobre a questão dos pais separados, que são um público constante em teatro infantil. O texto mostra como a separação pode afetar as crianças, pois muitas vezes os pais não dão a atenção devida aos problemas que os filhos passam com esta situação”, afirma o autor.
A encenação mescla o jogo entre o realismo e o simbolismo, brincando com as possibilidades físicas de um caramujo e uma minhoca como
metáforas da separação matrimonial.
Espaço de arte – Um espetáculo para toda a família e outro adulto serão apresentados neste sábado no Fábrica de Sonhos – Espaço de Arte: “Histórias de Alguém para Ninguém” (17h) e “Fando e Lis” (meia-noite).
A peça “Histórias de Alguém para Ninguém”, do grupo Flor da Rua, é uma livre adaptação do texto de Ilo krugli. As músicas são de composição do
grupo Flor da Rua, inspiradas nas cantigas, cirandas e danças de roda do nordeste do Brasil.
“Histórias de Alguém para Ninguém” é uma brincadeira, onde um grupo de palhaços se diverte e brinca com o público até a chegada do diretor, que deve escolher o ator principal para vivenciar a história a ser representada.
Surge um homem, que entra em cena. A partir daí, confundido com um ator, ele começa a vivenciar as aventuras de um soldado. O diretor é um homem autoritário que propõe aventuras e um método lúdico de ensinar. Assim, este ator, por acaso, vai vivenciar e participar de várias aventuras que envolvem encontros, descobrindo a amizade, o amor e alguém.
Adulto - Um lugar estranho, um estado de espírito torpe, pessoas perdidas em seus próprios devaneios. Esse é o enredo do espetáculo
“Fando e Lis”, texto de Fernando Arrabal dirigido por Guido Caratori. A trajetória do espetáculo teve início em 2012, quando o elenco, formado por Jaqueline Rosa, Tatiane Souza e Vinicius Medeiros, participou da edição 2012 do festival Curta Teatro, em Rio Preto.
O grupo Os Judas se propõe a exaurir um ambiente seco, estranho e com poucos elementos cênicos. A contraposição dos elementos cênicos alude a um pesadelo surrealista e chocante. Encenação no formato de bonecos de horror, com frases repetitivas como robôs e a ausência de vida dos personagens, como bonecos ou marionetes do inferno, referência básica do Teatro Pânico.
O festival “Em Janeiro Teatro Pra Criança é o Maior Barato” tem o patrocínio do Açúcar Caravelas e Usina Colombo, além de apoio do governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Proac ICMS), e da Prefeitura de São José do Rio Preto, por meio da Secretaria de Cultura.
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