Dona Nilsa,
minha mãe!
Mãe que está longe e tão perto. Longe porque meus olhos não a buscam fisicamente; mas perto porque meu coração a guarda eternamente. E este guardar estabelece um elo com tudo que vivemos juntos, desde os seus cantos para embalar meu sono até suas broncas para colocar-me no caminho correto.
Tenho tantas passagens com esta mulher guerreira, que lutou contra um câncer e o fez esperar por pelo menos mais dez anos, quando todos davam como certo sua partida precoce. Mas antes que isso acontecesse, ela proporcionou um espetáculo em minha vida, abriu as portas para que a música encontrasse guarita na minha criação. Gostava e gosto muito de escrever, muitas vezes querendo que meus textos se transformem em canções para ganharem o mundo.
Assim sendo, o coração dessa mãe percebe o que tantos outros não perceberam. Latas e latas de óleo transformaram-se em pequenos cofrinhos, guardando moedas que fariam o sonho daquele menino sonhador. Quando o peso delas denunciava a quantia certa para a compra de um violão, lá foi ela atrás do instrumento. Na época, a marca Stacatto destacava-se no mercado e foi esse que ela propôs a me dar.
Feliz da vida, minha mãe esperou ao mesmo tempo, pela minha surpresa e felicidade. E claro, eu a cobri de beijos, afeto esse que talvez fosse a coisa mais importante que ela gostaria de receber. A partir deste momento, toquei muito para muitos, mas foi numa serenata de Natal que fiz para ela, o momento mais marcante entre nós dois. Enquanto entoava uma canção, uma lágrima desceu de seus límpidos olhos verdes. Mas aquilo não era um choro, ela recebia a melodia e seu coração de mãe e agradecia aquele momento como uma bênção. Não pensava um minuto sequer nela, e sim, na satisfação de ter realizado o sonho de um filho. Consegui enxergar isso naquela lágrima, carregando esse sentimento até hoje comigo.
minha mãe!
Mãe que está longe e tão perto. Longe porque meus olhos não a buscam fisicamente; mas perto porque meu coração a guarda eternamente. E este guardar estabelece um elo com tudo que vivemos juntos, desde os seus cantos para embalar meu sono até suas broncas para colocar-me no caminho correto.
Tenho tantas passagens com esta mulher guerreira, que lutou contra um câncer e o fez esperar por pelo menos mais dez anos, quando todos davam como certo sua partida precoce. Mas antes que isso acontecesse, ela proporcionou um espetáculo em minha vida, abriu as portas para que a música encontrasse guarita na minha criação. Gostava e gosto muito de escrever, muitas vezes querendo que meus textos se transformem em canções para ganharem o mundo.
Assim sendo, o coração dessa mãe percebe o que tantos outros não perceberam. Latas e latas de óleo transformaram-se em pequenos cofrinhos, guardando moedas que fariam o sonho daquele menino sonhador. Quando o peso delas denunciava a quantia certa para a compra de um violão, lá foi ela atrás do instrumento. Na época, a marca Stacatto destacava-se no mercado e foi esse que ela propôs a me dar.
Feliz da vida, minha mãe esperou ao mesmo tempo, pela minha surpresa e felicidade. E claro, eu a cobri de beijos, afeto esse que talvez fosse a coisa mais importante que ela gostaria de receber. A partir deste momento, toquei muito para muitos, mas foi numa serenata de Natal que fiz para ela, o momento mais marcante entre nós dois. Enquanto entoava uma canção, uma lágrima desceu de seus límpidos olhos verdes. Mas aquilo não era um choro, ela recebia a melodia e seu coração de mãe e agradecia aquele momento como uma bênção. Não pensava um minuto sequer nela, e sim, na satisfação de ter realizado o sonho de um filho. Consegui enxergar isso naquela lágrima, carregando esse sentimento até hoje comigo.
Vicente Roberto Serroni
Dando continuidade homenageando as mães, no mês de maio e de Maria, hoje a nossa homenagem é a Nilsa Dolácio Serroni que nasceu em São José do Rio Preto, e se casou com Vicente Serroni, e desta união nasceram: José Carlos , Vicente Roberto ( autor do texto acima), Maria Lúcia e Silvia Helena. Na página da vida , as saudades deste casal Nilsa e Vicente, que fizeram parte de nossa tradicional sociedade rio-pretense.
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