domingo, 21 de dezembro de 2008

Samuel Leroy Jackson, o ator negro que gosta de filmar “ fazer coisas que via quando criança”.




Samuel Leroy Jackson (Washington, DC, 21 de dezembro de 1948) é um ator estadunidense. Alcançou a fama no início dos anos 90, após uma série de atuações relevantes, tornando-se desde então um astro e ícone cultural, aparecendo em grande número de filmes e dublagens. É casado com Latanya Richardson e tem uma filha. Fã de esportes, dedica-se particularmente ao golfe. Recebeu diversos prêmios por suas atuações cinematográficas, e atua em diversas midia além de filmes: séries de TV, video-games, etc. Ele declarou que os filmes permitem-no "fazer coisas que via quando criança". Embora tendo nascido na capital estadunidense, cresceu como filho único em Chattanooga, no Tennessee com sua mãe, Elizabeth Jackson (nome de solteira Montgomery), que trabalhava numa fábrica e depois foi fornecedora de materiais para uma instituição mental, com seus avós maternos e parentes. Seu pai viveu longe da família, em Kansas City (Missouri), onde morreu de alcoolismo; Jackson viu o pai somente duas vezes, na vida. Em Chattannooga estudou na Riverside High (atualmente denominada Chattanooga School for the Arts and Sciences), uma escola segregada onde, durante alguns anos, tocou trompa e trompete, na orquestra escolar. Fez faculdade na Morehouse College, de Atlanta, onde co-fundou um grupo chamado "Just Us Theater". Formou-se em 1972.
Ativismo no Movimento pelos Direitos Civis - Depois do assassinato em 1968 do líder pacifista pela igualdade racial nos Estados Unidos, Martin Luther King Jr., Jackson participou do funeral como um dos recepcionistas. Dali voou para Menphis, para participar da marcha pela igualdade. Numa entrevista na revista Parade, Jackson revelou: "Eu estava com raiva por causa do assassinato, mas não fiquei chocado com isto. Eu sabia que a mudança levaria a algo diferente - não a protestos pacíficos, não uma coexistência tranquila."
Em 1969 Jackson e muitos outros estudantes mantiveram presos como reféns no Campus vários membros do Morehouse College (inclusive o Sr. Martin Luther King), exigindo mudanças no currículo e na administração escolares. O colégio aceitou algumas das reivindicações, mas Jackson foi suspenso por dois anos em consequência de seus atos (embora para lá retornasse, obtendo o seu bacharelado em Artes Dramáticas, em 1972). Jackson decidiu permanecer em Atlanta, junto a Stokely Carmichael, H. Rap Brown e outros ativistas do movimento Black Power. Na mesma entrevista à Parade, ele revelou que sentiu seu envolvimento com o movimento aumentar, especialmente quando o grupo começou a comprar armas. Mas, antes de se envolver em qualquer luta armada significante, sua mãe o enviou para Los Angeles, depois que o FBI informou que morreria dentro de um ano se continuasse envolvido com o Black Power. Jackson casou-se com a atriz Latanya Richardson em 1980, que conhecera ainda nos tempos do Morehouse College. O casal, que vive em Los Angeles, tem uma filha - Zoe - nascida em 1982, estudante de culinária. Jackson é um fã de basquetebol, tendo especial predileção pelas equipes do Toronto Raptors e dos Harlem Globetrotters. Apesar de o futebol não ser parte da cultura estadunidense, é torcedor do Liverpool F.C., time que conheceu durante as filmagens de The 51st State na cidade inglesa de Liverpool. É um entusiasta jogador de golfe, esporte que aprendeu a jogar e apreciar. Declarou certa feita que, se tivesse de escolher outra carreira, tentaria "jogar golfe na PGA tour" e que no campo de golfe é o único lugar em que pode ir "vestido como um gigolô e ser perfeitamente aceito". Ele declarou, numa entrevista, que seus contratos de filmagem têm uma cláusula que o permitem jogar golfe duas vezes por semana. Numa entrevista, revelou que assiste a todos os seus filmes, como um expectador normal que paga ingresso nos cinemas e que "até nos meus anos de teatro desejava assistir minhas peças, enquanto estava atuando! Eu cuido de vigiar meu próprio trabalho". Sobre esse senso crítico de observar seus próprios trabalhos, Jackson declarou, comparando o trabalho nos filmes e no teatro, que "Um dá gratificação imediata, e outro, a longo prazo. No teatro você faz algo que tem começo, meio e fim todos os dias. E sente que está dividindo sua energia com o público. Ao fazer cinema, você tem que ter auto-confiança e sentir quando a cena está certa." Ele também gosta de colecionar os bonecos dos personagens dos filmes em que atua ou dubla, como Jules Winnfield, Shaft, Mace Windu, e Frozone. Jackson é calvo na vida real, embora nos seus filmes goste de usar perucas pouco usuais nos seus filmes. Para o filme Black Snake Moan, permitiram que ele escolhesse o penteado para seu personagem. É fã de quadrinhos e de anime. Em 2002 irritou-se com a acusação de que o personagem Jar Jar Binks tinha conotação racista por conta do sotaque jamaicano, declarou "Ele é um alienígena. Deixem o coitado em paz e curtam o filme." Durante o Festival de Cinema do Rio, em 2003, declarou-se favorável ao porte de armas, e que possuía uma.

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