Em 1822, ano da Independência do Brasil, nosso país não tinha um exército capaz de controlar uma possível invasão espanhola nas províncias do Sul. Portanto, os colonos serviriam como exército de reserva para proteger nosso território. Em razão disso, o país passou a oferecer muitas vantagens aos imigrantes que se dispusessem a colonizar o Sul do Brasil: passagens pagas, direito à cidadania, isenção de impostos e direito à posse de uma ou duas colônias de terra (24 ou 48 hectares).
Em 25 de julho de 1824, iniciou-se efetivamente a colonização, com a chegada de 39 alemães à Real Feitoria da Linha Cânhamo, atual cidade de São Leopoldo (RS). Em 1875, chegaram os italianos, que se estabeleceram nas serras gaúchas, sobretudo em Caxias do Sul, e depois se espalharam pelo Brasil, principalmente por São Paulo.
Esses primeiros imigrantes do século XIX deixaram a Alemanha e a Itália, que não existiam como países unificados, buscando trabalho na terra fértil e promissora do Brasil. A decepção foi grande, pois os lotes achavam-se cobertos pela mata, não havia estradas nem infraestrutura.
Só havia, naquela época, núcleos de caboclos que, como os índios, sempre foram tratados com descaso pelo poder econômico, embora sua importância seja relevante no desbravamento de nossa Terra.
Depois dos alemães e italianos, vieram grandes levas de japoneses e, em menor número, holandeses, húngaros, poloneses, ucranianos, espanhóis, turcos, sírios, libaneses e outros que, juntos, formam o povo brasileiro.
(Retirado do livro "Datas Comemorativas", Paulinas Editora)
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