Antônio Frederico de Castro Alves, nasceu em 14 de março de 1847, na Fazenda Cabaceiras, no município de Muritiba, Bahia onde iniciou seus estudos. Em 1860 ele foi estudar no Ginásio Baiano, onde escreveu seus primeiros versos. Em 1862, Castro Alves e seu irmão, José Antônio, foram morar em Recife. Em junho desse mesmo ano, foi publicada sua poesia A Destruição de Jerusalém, no Jornal do Recife.
Aos 15 anos de idade, Castro Alves almejava ser advogado. Enquanto se preparava para enfrentar as provas desse curso, começou a se destacar entre os poetas empolgados pelas idéias liberais do abolicionismo.
Com apenas 17 anos, Castro Alves iniciou seus estudos de direito. Na faculdade, conheceu Tobias Barreto, um abolicionista. Não demorou muito para abandonar os estudos, e voltar à Bahia, onde ficou por algum tempo.
Em 1866, Castro Alves voltou a Recife, depois do falecimento de seu pai, e matriculou-se, novamente, no segundo ano de direito e fundou a Sociedade Abolicionista com Rui Barbosa, Regueira Costa, Plínio de Lima e outros companheiros de faculdade.
Antes de concluir o curso, Castro Alves, na época com 20 anos, conheceu Eugênia Câmara, uma atriz, e por ela se apaixonou. Foi para Eugênia que ele escreveu o drama histórico Gonzaga, também conhecido como A Revolução de Minas. Essa peça foi encenada em Salvador. Em seguida, Castro Alves partiu com Eugênia para o Rio de Janeiro, onde foi apresentado a Machado de Assis por José de Alencar.
Em 1868, Castro Alves se matriculou na Faculdade de Direito de São Paulo, para concluir o curso de direito. Nessa época, rompeu seu relacionamento com Eugênia e, por esse motivo, entrou em uma grave crise depressiva. Além disso, houve uma fatalidade: quando participava de uma caçada, feriu-se no pé acidentalmente, com um tiro de espingarda. A ferida infeccionou e seu pé foi amputado. Logo depois, mais um acontecimento funesto: Castro Alves foi acometido pela tuberculose, doença muito comum na época. Embora doente, o poeta publicou seu primeiro livro: Espumas flutuantes.
Em janeiro de 1871, Castro Alves se apaixonou por Agnèse Trinci Murri, a quem dedicou a poesia A Violeta.
Castro Alves fez sua última declamação pública em 10 de fevereiro, em benefício de crianças desamparadas. Em junho, agravou-se seu estado de saúde.
Em 6 de julho de 1871, Castro Alves faleceu, vítima da tuberculose, junto a uma janela banhada pelo sol da tarde, conforme seu último desejo.
O estilo de Castro Alves era romântico, cheio de metáforas, antíteses e hipérboles exageradas, com ênfase em poesias abolicionistas, o que lhe valeu o apelido de Cantor dos Escravos.
O poeta viveu relacionamentos amorosos avassaladores, pois era muito cobiçado pelas mulheres por sua beleza, simpatia e inteligência. Também se diferenciava por sua franqueza ao revelar seus sentimentos pela mulher amada, muitas vezes expressos em forma de poemas, como Boa-Noite, presente em seu livro Espumas flutuantes. Os outros livros que compõem sua obra poética são: A cachoeira de Paulo Afonso, Os escravos e Poesias coligidas. O único livro de prosa é o drama histórico Gonzaga ou A revolução de Minas. Seus poemas que mais tiveram destaque estão relacionados com a escravidão: Vozes d'África e Navio Negreiro.
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