Em 21 de abril de 1792, Tiradentes foi enforcado e esquartejado. Esse dia foi considerado feriado nacional, por meio de um decreto real de 1890. A lei no 4.897, de 9/12/1965, proclamou Tiradentes o Patrono Cívico da Nação Brasileira.
Em meados do século XVIII, Minas Gerais enfrentou grave crise econômica, pois suas jazidas de ouro começaram a se esgotar. Mesmo em meio a essa decadência, o governo português continuou exigindo que os mineiros pagassem pesados impostos.
Em 1788, Luís Antônio Furtado de Mendonça, o Visconde de Barbacena, chegou a Vila Rica (atual Ouro Preto), vindo de Portugal, com ordens expressas de reformar o sistema tributário e obrigar Minas gerias a pagar cem arrobas (ou 1.500 kg) de ouro por ano para a Coroa, de acordo com um decreto real. Se estes não fosse cumprido, o Visconde deveria cobrar a "derrama" - nome dado ao imposto extra, que seria pago por toda a população, para completar as cem arrobas - em fevereiro de 1789. Revoltados contra essa imposição os membros da elite econômica e cultural de Minas gerais se reuniram para planejar um movimento, que foi batizado de Inconfidência Mineira e calcado nas idéias liberais e iluministas que vigoravam entre a elite intelectual da Europa.
Em dezembro de 1788, o tenente-coronel Francisco de Paula Freire de Andrade, comandante do regimento da cavalaria de Minas, os afamados Dragões, reuniu-se em sua casa com José Álvares Maciel, o alferes Joaquim José da Silva Xavier, chamado de Tiradentes, Alvarenga Peixoto, o padre Oliveira Rolim e o negociante mais endividado da capitania, Joaquim Silvério dos Reis. Seu objetivo era planejar um levante contra a Coroa e decidir sobre a defesa da livre produção a transferência da capital para São João del Rei e a adoção da bandeira com o lema "LIBERTAS QUAE SERA TAMEM" ("Liberdade ainda que tardia"), entre outros.
O levante foi, então, marcado para o dia da cobrança da derrama, mas os planos para o golpe eram muito vagos. O movimento não tinha nenhum caráter popular e visava apenas pôr fim à opressão portuguesa, que prejudicava a elite mineira.
Por ser um movimento desorganizado, cujo objetivo era pouco claro, a Inconfidência Mineira não durou muito tempo. Findou quando Joaquim Silvério dos Reis denunciou os companheiros ao Visconde de Barbacena, então governador de Minas Gerais. Com isso, Silvério dos Reis conseguiu o perdão para suas dívidas com a Fazenda Real.
Todos os participantes da Inconfidência Mineira foram presos, julgados e condenados. Onze deles receberam sentença de morte, mas D. Maria I, rainha de Portugal, concedeu-lhes nova pena: foram exilados para outras colônias portuguesas na África. Apenas Tiradentes teve sua pena de morte mantida. Era ele, justamente, o homem mais pobre e o mais entusiasmado com os ideais de independência. Em 21 de abril de 1792, Tiradentes foi enforcado e esquartejado. Esse dia foi considerado feriado nacional, por meio de um decreto real de 1890. A lei no 4.897, de 9/12/1965, proclamou Tiradentes o Patrono Cívico da Nação Brasileira.
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