sábado, 13 de setembro de 2008

Belarmino Maria Austregésilo Augusto de Athayde, dia 25 faria seus 110 anos e hoje faz 15 anos de saudades



José Lins e Austregésilo de Athayde

Belarmino Maria Austregésilo Augusto de Athayde (Caruaru, 25 de setembro de 1898Rio de Janeiro, 13 de setembro de 1993) foi um jornalista e professor, cronista, ensaísta e orador brasileiro. Nascido na antiga Rua da Frente (atual Rua Quinze de Novembro) em Caruaru, Pernambuco, filho do desembargador José Feliciano Augusto de Ataíde e de Constância Adelaide Austregésilo, e bisneto do tribuno e jornalista Antônio Vicente do Nascimento Feitosa. Formou-se em direito, trabalhou como escritor e jornalista, chegando a dirigente dos Diários Associados, a convite de Assis Chateaubriand. Em 1948, participou da delegação brasileira na III Assembléia Geral das Nações Unidas, realizada em Paris, e integrou a Comissão Redatora da Declaração Universal dos Direitos do Homem. Colaborador do jornal A Tribuna e tradutor na agência de notícias Associated Press, formou-se (1922) em Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito do antigo Distrito Federal e ingressou no jornalismo. Foi diretor-secretário de A Tribuna e colaborador do Correio da Manhã. Assumiu a direção de O Jornal (1924), órgão líder dos Diários Associados. Sua declarada oposição à revolução de 1930 e o apoio ao movimento constitucionalista de São Paulo (1932) levou-o a prisão e exílio na Europa e depois na Argentina. Permaneceu muitos meses em Portugal, Espanha, França e Inglaterra e de lá se dirigiu a Buenos Aires, onde residiu por dois anos (1933-1934). De volta ao Brasil reiniciou nos Diários Associados como articulista e diretor do Diário da Noite e redator-chefe de O Jornal, do qual foi o principal editorialista, além de manter a coluna diária Boletim Internacional. Tomou parte como delegado do Brasil na III Assembléia da ONU, em Paris (1948), tendo sido membro da comissão que redigiu a Declaração Universal dos Direitos do Homem, em cujos debates desempenhou papel decisivo. Também escreveu semanalmente na revista O Cruzeiro e, por sua destacada atividade jornalística, recebeu (1952), na Universidade de Columbia, EUA, o Prêmio Maria Moors Cabot. Diplomado na Escola Superior de Guerra (1953), passou a ser conferencista daquele centro de estudos superiores. Após a morte (1968) de Assis Chateaubriand, passou a integrar o condomínio diretor dos Diários Associados, e morreu no Rio de Janeiro. Em 1951, ingressou na Academia Brasileira de Letras, que presidiu de 1958 até sua morte.


Histórias amargas (1921).
A influência espiritual americana (1938)
Mestres do liberalismo (1952)
Vana verba (1966)
Epístola aos contemporâneos (1967)
Conversas na barbearia Sol (1971)
Filosofia básica dos direitos humanos, ensaio (1976)
Alfa do Centavo, crônicas (1979).
Quando as Hortênsias Florescem

Foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras em 9 de agosto de 1951, para a cadeira número 8, sucedendo a Oliveira Viana, e foi recebido em 14 de novembro de 1951, pelo acadêmico Múcio Leão. Tornou-se presidente da instituição em 1959, tendo sido reeleito para dirigí-la por longos 34 anos, até o fim de sua vida.

Nenhum comentário: