segunda-feira, 25 de agosto de 2008

60 anos de Antonio de Carvalho Barbosa, o nosso Tony Ramos




Tony Ramos, nome artístico de Antônio de Carvalho Barbosa, (Arapongas, estado do Paraná, 25 de agosto de 1948) é um ator brasileiro da Rede Globo. Um dos mais importantes atores nacionais, destaca-se por seu trabalho em telenovelas. O nome americanizado, Tony, era um costume da época em que estreou na carreira artística, e Ramos o sobrenome de um parente. Nascido no interior do Paraná, sua vontade de ser ator surgiu ainda na infância, quando assistia aos filmes de Oscarito e desejava ser como ele. Aos catorze anos, fez sua estréia na televisão, atuando em esquetes no programa Novos em Foco, na TV Tupi. Ainda nessa emissora, fez sua primeira telenovela, A Outra, de Walter George Durst. Aos dezesseis anos, participou da dupla musical Tony e Tom & Jerry, que chegou a se apresentar no programa Jovem Guarda. Em 1977, após atuar em várias telenovelas na Tupi, transferiu-se para a Rede Globo, em que consolidou uma carreira de sucesso, tendo estreado em Espelho Mágico. Passou, então, a morar no Rio de Janeiro. Dentre seus memoráveis personagens, encontram-se: o filho de Dona Santa em Nino, o Italianinho (1969); o idealista Márcio Hayalla de O Astro (1977); André Cajarana, que lutava para provar a inocência do pai, em Pai Herói (1979); Tom, contracenando com Sônia Braga, em Chega Mais (1980); os gêmeos João Victor e Quinzinho, de Baila Comigo (1981); o surdo-mudo Abel de Sol de Verão (1982); Riobaldo, o jagunço que se apaixona por Diadorim, interpretada por Bruna Lombardi, em Grande Sertão: Veredas (1985), minissérie adaptada da obra de Guimarães Rosa; Tonico, um tipo amoral, em Bebê a Bordo (1988); o simpático Juca de A Próxima Vítima (1995); Clementino, um dos poucos personagens que fogem à linha de bom moço na carreira de Tony, em Torre de Babel (1998); Miguel, o livreiro romântico de Laços de Família (2000). Em 1998, Tony conquistou o prêmio de melhor ator do ano em televisão da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) e da TV Press - este numa eleição realizada entre oitenta editores de cadernos de TV no país -, por sua atuação como Clementino, de Torre de Babel, personagem bastante polêmico, que iniciou a história preso, por ter assassinado a mulher ao descobrir que ela o traía, e depois regenerou-se ao lado de um novo amor. Além disso, pelo mesmo papel, foi eleito o melhor ator de 1998, segundo a pesquisa InformEstado. Na Rede Globo, o ator também participou do programa A Comédia da Vida Privada e apresentou o Você Decide. Além das telenovelas, Tony atuou em mais de oitenta teleteatros e mais de vinte peças, destacando-se Quando as Máquinas Param (1970), de Plínio Marcos; Cenas de um Casamento (1997), de Ingmar Bergman, em que contracenou com Regina Braga; o musical Meu Refrão Olê Olá, baseado na obra de Chico Buarque, em que interpretou o travesti Geni. No cinema, dentre outras produções, atuou em Pequeno Dicionário Amoroso (1997), de Sandra Werneck, e Bufo & Spallanzani (2000), dirigido por Flávio Tambellini. Conquistou o prêmio de melhor ator no Festival de Gramado justamente por esse último trabalho. Em 2001, voltou a ser eleito o melhor ator do ano em televisão pela APCA, dessa vez por seu trabalho em As Filhas da Mãe. Tony Ramos é considerado por seus colegas de profissão como uma pessoa íntegra e bem-humorada. Além disso, tem um dos casamentos mais estáveis do meio artístico. Casou-se em 1969 com Lidiane, com quem tem dois filhos: Rodrigo, médico, e Andréa, advogada. Tony é torcedor do São Paulo FC.

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