terça-feira, 25 de março de 2008

Leila Diniz :símbolo sexual dos anos 60



E estivesse entre nós hoje completaria 63 anos a mulher que escandalizou o Brasil, com suas fotos e entrevistas.




Leila Roque Diniz nasceu no dia vinte e cinco de Março de 1945, em Niterói, Rio de Janeiro, onde passou a maior parte de sua vida. Formou-se em magistério e foi ser professora do jardim de infância no subúrbio carioca. Aos dezessete anos de idade, conheceu o seu primeiro amor, o cineasta Domingos Oliveira e casou-se com ele. O relacionamento durou apenas três anos. Foi nesse momento que surgiu a oportunidade de trabalhar como atriz. Primeiro estreou no teatro e logo depois passou a trabalhar na Globo fazendo telenovelas. Mais tarde, casou-se com o moçambicano e diretor de cinema, Ruy Guerra, com quem teve uma filha, Janaína. Participou de quatorze filmes (que quase não são exibidos), doze telenovelas e muitas peças teatrais. Ganhou na Austrália o premio de melhor atriz com o filme Mãos Vazias. Leila Diniz quebrou tabus de uma época em que a repressão dominava o Brasil, escandalizou ao exibir a sua gravidez de biquine sem nenhum pudor, e chocou o país inteiro ao proferir a frase: " Trepo de manhã, de tarde e de noite". Era uma mulher a frente de seu tempo, ousada e que detestava convenções. Foi invejada e criticada pela sociedade machista das décadas de sessenta e setenta. Era malvista pela direita opressora, difamada pela esquerda ultra-radical e tida como vulgar pelas mulheres de sua época. Além de ser jovem e bonita, Leila era uma mulher de atitude. Falava de sua vida pessoal sem nenhum tipo de vergonha ou constrangimento Concedeu diversas entrevistas marcantes à imprensa, mas a que causou um grande furor no país foi a entrevista que deu ao Pasquim em 1969. Nessa entrevista, ela a cada trecho falava palavrões que eram substituídos por asteriscos, e ainda disse: " Você pode muito bem amar uma pessoa e ir para cama com outra. Já aconteceu comigo". Nos dias atuais, essa frase soaria mais que normal aos nossos ouvidos, mas é preciso lembrar que Leila a proferiu numa época em que se defendia cegamente a " a moral e os bons costumes". O exemplar mais vendido do Pasquim foi justamente esse onde houve a publicação da entrevista Da atriz carioca. E foi também após essa publicação que foi instaurada a censura prévia à imprensa, mais conhecida como Decreto Leila Diniz. Perseguida pele polícia política, Leila ficou escondida na casa do colega de trabalho e apresentador Flávio Cavalcanti. Morreu no desastre de um avião no dia quatorze de julho de 1972, aos vinte e sete anos, no auge de sua fama, quando voltava de uma viagem a Austrália. Um primo e advogado se dirigiu à Nova Délhi, na Índia, local do desastre, para tratar da morte da atriz. Acabou encontrando um diário onde continha diversas anotações e uma última frase, que provavelmente estava se referindo ao acidente: " Está acontecendo alguma coisa muito es..." Leila Diniz, "A Mulher de Ipanema" , defensora do amor livre e do prazer sexual é sempre lembrada como símbolo da revolução feminina ocorrida na década de sessenta.

5 comentários:

Unknown disse...

Foi muito triste o dia quatorze de junho de mil novecentos e setenta e dois.Custei a acreditar que aquela mulher com tanta enrgia, com tanto amor pela Janaína já não estava entre nós.
Que pena, Leila.
Fique bem onde vc está
Te amamos muito ainda

Anônimo disse...

mito?? simbolo??mas doque??fez o que de importante???botou quase a familia a perder....pessoa sem dignidade e sem moral ..serviu aos homens.....

meire disse...

Leila Diniz
Esteja bem onde estiver.
Você foi autentica em suas atitudes.
Numa época em que a hipocresia perpetuava a sociedade.
Era tão preciosa que Deus tirou do convivio com a crueldade desse mundo sem moral e sem escrupulo.

Meire

Marcos disse...

Mulher perfeita para o tempo que lhe foi dado viver. Igualzinha a Jana.

Roberto Nascimento disse...

Esse ANONIMO é um ignorante , boçal e estúpido.Porisso é anônimo.A Leila é um ícone de libertação feminina e, não um objeto que serve à imbecis como você.