És uma pedra extraída
de um velho garimpo,
há muito extinto
há muito exaurido.
de um velho garimpo,
há muito extinto
há muito exaurido.
Vens do ontem
que se fez hoje
há de ser amanhã.
Do caminho infinitamente longo
- as marcas –
Os cabelos brancos,
Os olhos profundamente sábios,
Os pés cansados,
Mas, no coração,
ainda os sonhos, a sabedoria, a compreenção.
Ao tempo que te trouxe,
cabe o segredo de tua existência
pouco importa teu signo, dia, mês, ano, vieste.
Se foi na primavera, no verão, outono, inverno
o que importa é que vieste
e soubeste tirar
do tempo corrido,
vivido,
sofrido,
a sabedoria de existir.
Assim...
Se te pergunto da vida
nada indago da morte
porque sei...
Tu vieste
e sabes do infinito, a eternidade
e remanejar a vida,
Tu vieste
e sabes do infinito, a eternidade
e remanejar a vida,
para todo o sempre
Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, (Cidade de Goiás, 20 de agosto de 1889 — Goiânia, 10 de abril de 1985) foi uma poetisa e contista brasileira. Mulher simples, doceira de profissão, tendo vivido longe dos grandes centros urbanos, alheia a modismos literários, produziu uma obra poética rica em motivos do cotidiano do interior brasileiro, em particular dos becos e ruas históricas de Goiás.
Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, (Cidade de Goiás, 20 de agosto de 1889 — Goiânia, 10 de abril de 1985) foi uma poetisa e contista brasileira. Mulher simples, doceira de profissão, tendo vivido longe dos grandes centros urbanos, alheia a modismos literários, produziu uma obra poética rica em motivos do cotidiano do interior brasileiro, em particular dos becos e ruas históricas de Goiás.
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