Será lançado nessa segunda-feira (12), na cidade de São Paulo (SP), um selo (de emissão comemorativa) em homenagem ao Centenário do Theatro Municipal de São Paulo.
Os Correios, neste selo, imprimem toda a musicalidade e dramaticidade registradas no palco do Theatro Municipal de São Paulo durante os cem anos de sua presença histórica.
Com arte de Juliana Souza e tiragem de 600 mil exemplares, a imagem do selo une os dois momentos que marcam a presença do Theatro Municipal na cidade de São Paulo: sua inauguração e seu centenário. No centro, sua fachada, retratada em vista frontal, apresenta o teatro revitalizado ao público com toda a sua grandiosidade. Nas laterais, em destaque, estão representadas as duas principais estátuas da fachada, que traduzem a essência de sua missão artística: a Música e o Drama. No fundo, um céu em gradações de azul, representa o cair da noite, prenúncio de mais um espetáculo. À esquerda, a logomarca do centenário do teatro. Foram utilizadas as técnicas de impressão em ofsete a quatro cores, com retícula estocástica, e serigrafia na cor dourada.
Cada selo custará R$ 2,00 e poderá ser adquirido nas agências e na loja virtual dos Correios (www.correios.com.br/correiosonline).
HISTÓRICO
O Theatro Municipal de São Paulo nasceu embalando os sonhos de uma cidade que crescia com a indústria e o café e que nada queria dever aos grandes centros culturais do mundo, no início do Século XX. Como em 1898 a cidade perdera para um incêndio o Teatro São José, palco das suas principais manifestações artísticas, tornava-se imperativo construir um espaço à altura das grandes companhias estrangeiras.
Pelo planejamento e pelas mãos de ardilosos profissionais, o arquiteto Ramos de Azevedo e os italianos Cláudio Rossi e Domiziano Rossi, teve início a construção em 1903 e, em 12 de Setembro de 1911, o Theatro Municipal foi aberto a uma multidão de 20 mil pessoas, que se acotovelavam às suas portas. São Paulo se integrava, então, ao roteiro internacional dos grandes espetáculos.
A construção do Theatro Municipal foi considerada arrojada para a época: recebeu influência da Ópera de Paris e sua arquitetura exterior tem traços renascentistas e barrocos do século XVII. Em seu interior, muitas obras de arte: bustos, bronzes, medalhões, paredes decoradas, cristais, colunas neoclássicas, vitrais, mosaicos e mármores garantem um banquete para os olhos do espectador mais atento.
Pelo palco do Theatro Municipal passaram nomes como Maria Callas, Enrico Caruso, Arturo Toscanini, Claudio Arau, Arthur Rubinstein, Ana Pawlova, Nijinsky, Isadora Duncan, Nureyev, Margot Fonteyn, Baryshnikov, Duke Ellington, Ella Fitzgerald. Tantos nomes, tantos espetáculos e ainda o cenário do movimento que promoveu uma grande transformação cultural no Brasil: a “Semana de Arte Moderna de 22”.
Duas grandes obras marcaram as mudanças e renovações no Teatro: a primeira, em 1954, criou novos pavimentos para ampliar os camarins, reduziu os camarotes e instalou o órgão G. Tamburini construído na Itália; a segunda, de 1986 a 1991, restaurou o prédio e implementou estruturas e equipamentos mais modernos.
Para celebrar seu Centenário, em 12 de Setembro de 2011, o Theatro Municipal de São Paulo sofreu a terceira obra, esta bem mais complexa que as demais, por restaurar todo o edifício e modernizar o palco.
Para tal, as fachadas e a ala nobre foram restauradas, 14.262 vidros que compõem os conjuntos de vitrais recuperados, as pinturas decorativas refeitas com base em fotos antigas e o palco foi equipado com os mais modernos mecanismos cênicos, sem, com isso, tirar-lhe a presença de tantas personalidades artísticas que ali passaram.
O Theatro Municipal de São Paulo passou de departamento da Secretaria Municipal de Cultura à Fundação Pública de Direito Público, em 27 de maio de 2011, o que lhe confere maior agilidade e autonomia.
O corpo artístico do Theatro Municipal de São Paulo é composto pela Orquestra Sinfônica Municipal, Orquestra Experimental de Repertório, Balé da Cidade de São Paulo, Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo, Coral Lírico, Coral Paulistano e as Escolas de Dança e de Música de São Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário