Serena, sim...Mulher!
Mas não mirar-me-ei no exemplo
daquelas mulheres de Atenas...
Aquelas tais que, passíveis, aguardavam
Os maridos retornarem da guerra, aos pedaços
Lavava-lhes as feridas expostas, secando
Cada parte com suas melenas e perfumavam
Com o mais puro nardo os seus corpos viris
Que mais tarde, serviriam de portos inseguros
Às Afrodites personificadas em serviçais
Sirena, sim...Mulher!
Mas não permitirei que no meu mar
Navegue uns barcos sem rumo certeiro
Sem leme, sem proa, e casco avariado, não!
Em mim, navegarão tantos os quantos forem precisos
E eu entre tantos escolherei o mais que preciso
Não para aplacar minhas precisas indecisões
É que descobri que me basto e mesmo em queda,
Voarei com asas próprias, posto que são meus braços nus
E mesmo que corra o risco de afogamento iminente
No Mar Icário de meu destino, quem comigo
quiser navegar ou voar ou sonhar
Deve comungar o mesmo sentimento...
Serena, sim...Mulher!
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Um comentário:
Serena menina mulher!
Fêmea de sangue na veia.
Um poema de coragem.
Beijão!
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