O Palestra Esporte Clube de Rio Preto convida seus associados e a população em geral para participarem da Festa de São Genaro que acontece neste sábado, dia 8, a partir das 19h, com a missa presidida pelo padre José Antonio Dária, da paróquia Santo Expedito. A celebração será na capela do clube de campo do Palestra. A entrada é franca. Após a cerimônia religiosa, haverá diversas barracas de comidas típicas e diversão pra toda família. O evento terá ainda leilões e sorteio de brindes. Mais informações no (17) 4009-9050. A rodovia Washigton Luis (SP-310) é a principal via de ligação até o clube de campo, basta o motorista entrar no trevo de acesso da zona norte no KM 444, logo adiante ele faz a rotatória e vire a esquerda e passe embaixo do viaduto.
Quem foi
Todo 19 de setembro a cidade de Nápoles, na Itália, vive uma expectativa.
Pelas pequenas ruas sombreadas pelos lençóis pendurados, ouvem-se, à véspera do 19, as rezas saídas das casas. Os “vincoli” (corredores de
passagem) iluminam-se com as luzes das velas. É nesse clima, a misturar fé e ansiedade, que se espera a chegada da manhã do 19 e a generosidade, ou melhor, o “miracolo di San Gennaro”.
Bem cedo, o “Duomo de Nápoles” fica cercado pela multidão à espera do milagre de San Gennaro, que viveu entre 272 e 305, ocasião da sua decapitação por ordem do imperador Diocleciano, um perseguidor de cristãos.
Hoje a festa foi colossal. San Gennaro não decepcionou os napolitanos. Mostrou que haverá prosperidade em Nápoles até o 19 de setembro do próximo ano.
Por volta das 9h30, o cardeal Crescenzio Sepe exibiu aos fiéis o relicário com o sangue do santo liquefeito. Assim, a festa ficou garantida.
Quando o sangue deixa o estado sólido para o líquido é sinal, consoante milenar crença popular, de que haverá prosperidade e felicidade para os “partenopei” (napolitanos). E que nenhuma grande tragédia se abaterá sobre a cidade.
No caso de o sangue permanecer sólido, a festa vai para o vinagre. Vira choradeira e desespero, pelo negativo da mensagem. E, no fim do dia, os murmúrios cedem lugar a uma profunda e silenciosa reflexão sobre as culpas coletivas e individuais. As culpas que desagradaram a San Gennaro.
Conta a tradição que o sangue de San Gennaro foi recolhido, depois da decapitação, em duas ampolas por uma cristã chamada Eusébia.
As ampolas, uma ¾ cheia e a outra quase vazia (o sangue teria sido subtraído), ficam guardadas na catacumba de San Gennaro. Cabe ao cardeal tirá-la do cofre e levá-la à frente dos fiéis para conferência do sangue.
A Igreja não reconhece o milagre, mas não tirou do calendário festivo o 19 de setembro. Seria um insulto à devoção popular e à quantidade impressionante de fiéis concentrada na frente do Duomo de Napoli.
Os cientistas classificam o fenômeno — chamado popularmente como Milagre de San Gennaro — com o nome de tissotropia. Por ação mecânica, vibração, certas substâncias passam do estado sólido para o líquido.
Como o sacerdote manuseia o cofre e as ampolas, haveria, segundo os cientistas, a transformação.
PANO RÁPIDO. O cardeal Sepe, hoje, declarou que, ao abrir o cofre, já notara que o sangue estava líquido.
Sua declaração, por evidente, serviu para privilegiar a tese do milagre. De maneira sutil, o cardeal Sepe quis transmitir que não houve ação mecânica, ou melhor, movimentação do frasco.
Os seus ouvidos cardinalícios e os do recém-empossado prefeito (o magistrado licenciado De Magistris) ouviram a voz do povo, como a cantar as aravilhosas canções napolitanas: Miracolo, miracolo. “Viva San Gennaro, ce lo fa ‘o miracolo!!!”
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