quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Osvaldo Orico, um de nossos maiores escritores


Osvaldo Orico (Belém, 29 de dezembro de 1900 — Rio de Janeiro, 19 de fevereiro de 1981) foi um escritor brasileiro. Seus pais foram Manoel Félix Orico e Blandina Orico. Osvaldo Orico estudou no Colégio Paes de Carvalho em Belém. Ingressou no jornalismo, sendo repórter no jornal O Estado do Pará, tornando-se redator em 1918.Foi também um dos editores da revista Guajarina, responsável pela eclosão do movimento Modernista no Pará. Em 1919 foi para o Rio de Janeiro, onde formou-se em Direito e ingressou na vida diplomática. Primeiramente dedicou-se ao magistério, sendo professor da Escola Normal no período de 1920 a 1932. Em 1935 retornou a Belém, sendo Secretário de Educação. Neste mesmo ano, Magalhães Barata elegeu-o deputado federal, pelo PSD, concluiu o seu mandato em 1954. Em 1936 foi secretário-geral do Estado do Pará. Osvaldo Orico pertenceu à Academia Paraense de Letras (1936-1937), na qual ocupou a cadeira n° 38, cujo patrono foi Luís Tito Franco de Almeida. Aos 36 anos, ingressou na Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira 10, na sucessão de Laudelino Freire, onde foi recebido pelo acadêmico Claúdio de Souza em 9 de abril de 1938. Foi sócio correspondente de outras academias como a de Latinidade, em Roma, da Academia Portuguesa de História, da de Ciências de Lisboa. E ainda foi integrante do corpo diplomático brasileiro. Teve alguns livros traduzidos e deixou vários escritos inéditos. André Carrazzoni no prefácio de RECEPÇÃO...(1938) diz que Osvado Orico foi "trabalhador sem repouso, não sabendo ceder ao insucesso, sem se ensoberbecer das vitórias, rasgou na mata heroicamente a larga clareira do seu destino. Na planície da infância obscura já lhe madrugava o raio de luz do homem predestinado a subir e a vencer a montanha. Não se explica uma vocação, como a do escritor paraense, só pelo conjunto dos imponderáveis mas, sobretudo, pelo milagre da auto-capacidade, pela inflexível disciplina da aspiração, pelo severo exercício de suas aptidões, por uma permanente polícia de si mesmo. Podia ter lágrimas de perdão para todos os companheiros da rota que fraquejaram, segundo uma filosofia de indulgência e de piedade - menos diante dos seus próprios desfalecimentos. Eis a chave de sua vitória. Risonho, compreensivo, amável, este batalhador de ânimo jovial, praticou o ascetismo de sua ascensão".

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