sábado, 24 de novembro de 2012

Bondinho do Pão de Açúcar comemora 100 anos com selo postal no Rio de Janeiro (RJ)


Um passeio com cenário de 360º de paisagens deslumbrantes

O Bondinho do Pão de Açúcar, um dos cartões-postais mais bonitos do Brasil e, também, do mundo, comemorou 100 anos, no último dia 27 de outubro. Primeiro teleférico instalado no Brasil e o terceiro no mundo, é um dos mais importantes ícones do turismo carioca, tornando-se uma das principais marcas registradas da cidade do Rio de Janeiro.
Para celebrar o centenário do Bondinho, os Correios lançaram no Rio de Janeiro (RJ), um bloco comemorativo com dois selos, em homenagem a esse complexo composto por edificações e pelo meio ambiente, que reafirma a identidade do lugar como marco histórico, marco geológico e Patrimônio Cultural Nacional.
A festa, no alto do Morro da Urca, incluiu lançamento de moeda comemorativa, pela Casa da Moeda do Brasil.


Sobre o bloco
De autoria da fotógrafa Marluce Balbino, a foto reproduzida no bloco registra, em uma tarde de céu límpido, a saída de mais um passeio de turistas no Bondinho Pão de Açúcar, que, há 100 anos, propicia aos visitantes admirar a beleza do complexo turístico da cidade do Rio de Janeiro. Os selos focalizam o pico do Pão de Açúcar, uma das estações do passeio, e o bondinho no teleférico. Abaixo dos selos, as logomarcas do centenário do bondinho e a da Exposição Filatélica Mundial Brasiliana 2013, que será realizada no Rio de Janeiro. Foram utilizadas as técnicas de fotografia e de computação gráfica.
A peça tem tiragem de 150 mil unidades, no valor de R$ 4,80 (R$ 2,40 cada selo) e pode ser adquirida nas agências e na loja virtual dos Correios (www.correios.com.br/correiosonline).

HISTÓRICO
No século XVI, o açúcar transportado da Ilha Madeira para consumo na Europa era preservado em cones conhecidos como pães de açúcar. Esses cones eram moldados em vasos cuja forma lembrava sino de igreja. A pedra fundamental de granito, com 396 metros de altura, que flanqueia a entrada da Baía de Guanabara era muito semelhante a esse cone. Daí a ideia do batismo pelos portugueses.
As obras de edificação das estações e instalação do teleférico começaram em 1909, e duraram pouco mais de 3 anos. Os bondinhos chegaram prontos da Alemanha. O trecho inicial, com extensão de 528 metros, ligando a Praia Vermelha ao Morro da Urca, foi inaugurado em 27 de outubro de 1912. O segundo trecho, entre o Morro da Urca e o Pão de Açúcar, totalizando 750 metros de distância, foi inaugurado em 18 de janeiro de 1913.
No Pão de Açúcar, atualmente, funcionam dois sistemas teleféricos independentes, classificados como de grande porte, com dois bondinhos em cada linha, circulando em vai-vém (jig-back). A capacidade de transporte do teleférico é de 1.360 passageiros por hora. O Bondinho pode transportar até 65 passageiros em cada viagem, e é o único no mundo com as faces laterais totalmente transparentes devido ao acrílico e policarbonato utilizado, de tecnologia de aviação.
O passeio tem como cenário 360º de paisagens deslumbrantes, tais como: as praias do Leme, Copacabana, Ipanema, Flamengo, Leblon; Pedra da Gávea, o imponente maciço da Tijuca e o Corcovado, com a imagem do Cristo Redentor; Baía da Guanabara, com a enseada de Botafogo; centro da Cidade; Aeroporto Santos Dumont; Ilha do Governador; Niterói; Ponte Rio-Niterói; e, ao fundo, a Serra do Mar, com o pico “Dedo de Deus”.
Nessas muitas décadas vividas e passeios realizados a bordo dos bondinhos, algo permaneceu inabalável: a vontade das pessoas que acreditaram, e não mediram esforços, para tornar real o sonho do visionário engenheiro Augusto Ferreira Ramos de construir um caminho aéreo ligando a Praia Vermelha, o Morro da Urca e o Pão de Açúcar, por meio de teleférico. Mais tarde, coube a Cristóvão Leite de Castro dar continuidade a esse sonho e modernizar o sistema do teleférico e os serviços da Companhia Caminho Aéreo Pão de Açúcar. Ousadia até para os dias atuais.
“O grande mérito do turismo, a grande realização do turismo em termos econômicos, políticos e sociais é ser o maior instrumento de paz” já dizia Cristóvão Leite de Castro, vislumbrando que aquele feito seria mais do que apenas um ponto turístico.



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