sábado, 7 de maio de 2011

Organização do 11º FIT – Festival Internacional de Teatro divulga espetáculos internacionais


A organização do 11º FIT – Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto divulgou nesta sexta-feira (5/5) a lista dos quatro espetáculos internacionais já selecionados pela curadoria para compor a grade de programação do evento. A 11ª edição do FIT será realizada de 7 a 16 de julho.
A curadoria, formada por Marici Salomão, José Fernando Peixoto, Maria Thereza Magalhães e Armando Fernandes, selecionaram os espetáculos “Gardênia”, do C de La B, da Bélgica; “Where were you on january 8th?”, de Amir Reza Koohestani, do Irã; “Villa + Discurso”, de Guillermo Calderon, do Chile; e “Se uma janela se abrisse”, do Mundo Perfeito, de Portugal.
Além destes quatro, até o momento, a grade de programação do Festival conta com mais 28 espetáculos, sendo dez espetáculos locais, nove adultos nacionais, seis infantis e três de rua. Até o final da próxima semana, será divulgada a grade completa da 11ª edição do FIT.
De acordo com Deodoro Moreira, coordenador geral do FIT, a curadoria selecionou espetáculos que refletem a qualidade do evento. “Os espetáculos internacionais são primorosos. O importante para o Festival é apresentar trabalhos de qualidade”, disse.
“O Festival pauta os caminhos da experimentação. O FIT é uma referência para a cultura local e nacional, com a postura de marcar novos horizontes para as possibilidades teatrais”, explicou Sebastião Martins, também coordenador geral do FIT.
O FIT é apresentado pela Petrobras, realizado pela Prefeitura Municipal de São José do Rio Preto, SESC-SP e Governo do Estado de São Paulo, com patrocínio da Caixa Econômica Federal e Bebidas Poty.

Confira abaixo os espetáculos selecionados

“Gardênia”, do C de
 La B (Bélgica)

Este espetáculo vai a fundo na vida turbulenta de nove pessoas, sendo sete indivíduos mais velhos a navegar na zona entre o masculino e o feminino, um homem mais jovem e uma mulher. Cada um carrega a sua própria história intrigante, ora triste, ora hilariante. Inspirado no filme “Así Soy Yo”, em que o fechamento de um cabaré travesti revela a vida privada de um grupo de artistas envelhecidos, o espetáculo induz o instinto humano de voyerismo em um show visual que harmoniza dança e música. 

“Where were you on january 8th?”, de 
Amir Reza Koohestani (Irã)

Em 8 de janeiro, no subúrbio de Teerã, quatro jovens estão ensaiando Jean Genet. Ali, noivo de Fátima, que está fazendo o serviço militar, se junta a eles. Não podendo estar lá e desafiando a lei que proíbe um soldado a carregar a arma em um local privado, ele promete ao funcionário da delegacia que retornaria antes do amanhecer. Obrigado a passar a noite na casa, quando Ali acorda, percebe que a arma desapareceu. Este cenário é o pano de fundo para o jogo que tece uma série de conversas telefônicas depois daquela noite, em diálogos que evocam a real situação dos jovens no Irã, que buscam ser ouvidos.

“Villa + Discurso”, de
 Guillermo Calderon (Chile)

O espetáculo é composto de duas obras que abordam o problema de construção da memória. Em “Villa”, três mulheres debatem sobre diferentes alternativas para remodelar Villa Grimaldi, um dos principais locais de tortura durante a ditadura de Augusto Pinochet. O que fazer com este espaço preenchido com a memória é a pergunta que buscam responder. Em “Discurso”, há três atrizes representando o ex-presidente Michelle Bachelet, em discurso de despedida de ficção sobre o exercício do cargo, que reflete nas aspirações e frustrações de uma geração que viveu animado com a experiência de escolher o primeiro presidente.

“Se uma janela se abrisse”, do
 Mundo Perfeito (Portugal)

Um telejornal, dublado ao vivo, por atores e um DJ, substitui o discurso público pelo íntimo e descobre formas alternativas de falar a respeito de um dia que passou. A partir daí, nasce um outro jornalismo, à escala humana de um palco, onde o olhar entre dois atores pode ter a mesma importância que o fenômeno do aquecimento global. “Se uma janela se abrisse” é o telejornal das notícias que nunca chegam ao telejornal.

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