A organização da Jornada Internacional das Mulheres Escritoras divulgou a programação completa do evento, que este ano acontece em duas cidades - São Paulo, nos dias 18 e 19 deste mês, e Rio Preto, dias 20 e 21. Participam autoras do Brasil, Chile, México, da Argentina, Colômbia, Costa Rica e Bolívia. Orçada em R$ 70 mil, esta quarta edição é dedicada às relações e trocas entre a literatura e o cinema, a música e as artes plásticas, entre outras formas de expressão criativa. A ideia é aproximar escritoras e leitoras. “Será um momento de troca, de intercâmbio de informação”, afirma Isabel Ortega, produtora cultural rio-pretense responsável pela organização do evento, que tem os apoios do Sesc, da Prefeitura, da Acirp, entre outras instituições. Segundo a produtora, que há 20 anos vive na Espanha, além de estimular a produção, o evento irá chamar atenção para o fato de que o modelo de mulher frágil vigente está diminuindo. Para ela, as mulheres vão mostrar seu valor. “Vamos reforçar que elas pensam e esse pensamento vale muito”.Além de palestras, o evento conta com lançamentos editoriais, divulgação de trabalhos e troca de experiências no café literário. Serão realizadas ainda performances, sessões de leitura, a exposição de arte “Mulheres de Fibra”, de Norma Villar, e um encontro de redes e associações de mulheres escritoras e jornalistas, visando ao intercâmbio cultural e a novas parcerias. A abertura oficial acontece no dia 18, às 10h30, em São Paulo. Paralelamente, está marcada a entrega do prêmio “Lygia Fagundes Telles”. O inusitado é que um homem será premiado: o escritor e crítico da Academia Brasileira de Letras, Fábio Lucas, autor de mais de 50 obras de estudos sociais, críticas literária e ficção. “Não somos um evento feminista. Trata-se de um dos melhores críticos literários e merece o prêmio”, afirma Isabel. A abertura em Rio Preto, dia 20, acontece na Acirp. Nesta quarta edição, a homenageada será a escritora Dinorath do Valle. “Vamos exibir um documentário da escritora feito por Fernando Marques”. Isabel afirma que também pretende destacar o valor do projeto literário feito na Casa das Flores, espaço localizado na Redentora. “Coordenado pela escritora Lucila Papacosta Conte, o local reúne mulheres de várias idades da sociedade rio-pretense para estudar literatura”, explica.
Ações
Voltadas para públicos de todas idades, inclusive homens, a jornada tem o objetivo de alargar as oportunidades da escritora brasileira. “Jornadas são necessárias para discutir a excelência da criação literária, independente do gênero, e promete debates mais profundos, o que é bom para a relevância e credibilidade do próprio evento e de suas escritoras”, afirma Isabel. Segundo a organizadora, outra ação importante é proporcionar um diálogo entre mulheres escritoras, independente do idioma pelo qual se expressem. “O fato de a jornada acontecer também em São Paulo facilita esse intercâmbio”, diz. Para ela, a seleção de escritoras, de diferentes segmentos sociais e culturais da sociedade, favorece esse resultado. Entre as brasileiras participantes estão: Naine Terena, Tatiana Terena, Nilza Amaral, Baby Garroux, Hygia T. Calmón Ferreira, Nilce Lodi, Renata Pallottini, Jurema Batista, Márcia Lígia Guindin, Giulia Moon, Ada Pellegrini Grinover e Ariana Lopes. Destaque para a jornalista e ex-diplomata Cecília Prada, ex-mulher de Sérgio Paulo Rouanet (ex-secretário de Cultura da Presidência, que deu nome à Lei Rouanet). Ela vem falar sobre o papel da mulher no mundo.
IV Jornada Internacional de Mulheres Escritoras.
Dias18 e 19 de maio, no Sesc Pinheiros,
e 20 e 21 de maio.
Gratuito.
Informações pelos (11) 226-2450,
(11) 8542-2061 ou
jornadaescritorasrp@hotmail.com
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