Riopretense convocada para Mundial Paraolímpico

Foi convocada para integrar a Seleção Brasileira Paraolímpica no Campeonato Mundial do IPC -Comitê Paraolímpico Internacional a atleta Ana Tércia Venâncio Soares, da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer/CAD/Vetnil. A competição começará no dia 20 de janeiro do ano que vem, em Christchurch, Nova Zelândia. Ana Tércia, que é deficiente visual, e seu guia Rogério Meireles Franco embarcam no dia 4 de janeiro para um período de adaptação em Sydney, na Austrália, e depois seguem para as competições na Nova Zelândia. Ana Tércia, que possui somente 5% da visão, compete no atletismo nas provas de velocidade em 100, 200 e 400 metros rasos e no revezamento 4 por 100 metros. Ela é recordista mundial e ocupa a primeira colocação do ranking na categoria T12. “Foi uma surpresa ser chamada para o Mundial, pois eu havia sofrido uma lesão e não estava obtendo os meus melhores resultados. Mas agora, me recuperei e estou treinando muito, principalmente porque são somente sete mulheres representando o Brasil e eu estou entre elas”, comenta Ana. As outras seis atletas, quatro com deficiência visual representam os Estados do Acre e Santa Catarina e duas com deficiência física representam o Distrito Federal. Ana já participou das Paraolimpíadas de Pequim, em 2008, também representando a Secretaria de Esportes, e foi classificada entre as 10 melhores do mundo. Também competiu na etapa nacional onde, competindo com 300 mulheres, ficou entre as sete melhores. E agora cobiça conseguir uma vaga para as Paraolimpíadas de Londres, em 2012. “A única diferença entre mim e Maurren Maggi ou Fabiana Murer é a deficiência visual, pois eu me sinto competente tanto quanto elas”, afirma Ana Tércia que conta com a parceria total de seu guia Rogério Franco, que treina tanto quanto ela, já que deve correr em todas as competições ao seu lado. “Eu treino todos os seis dias da semana tanto quanto ela e até me cobro muito por isso, porque eu não posso comprometer a prova dela. Se eu errar, é a Ana que vai perder, somente sou o guia”, comenta. “Eu era faxineira e de repente descobri que tinha degeneração no nervo óptico, a visão vai sumindo conforme o tempo, e descobri no esporte que eu poderia superar as dificuldades. Vou continuar sendo a melhor e honrar toda a ajuda que recebi”, finaliza Ana Tércia Soares.