quinta-feira, 22 de abril de 2010

Margarida Rosas e seu OUTONO


Sinto não estar agora,
Nesse exato instante,
Com a sede, a fome
Dos que amam.

Sinto nada sentir
Além do olhar, além da vida
Fuga!
Sonhar, sonhar,
Onde estou?

Terra dos horrores
Morte – destruição!
Como mulher, vivo?
Que vida?

Há um outono enraizado em mim!
E minhas pétalas, no chão, aguardam o vento frio...

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