De todos que venho escrevendo , acho o mais difícil é este de meu lindo pai, Seu João como todos o chamavam em terras de Marapoama SP, para mim era simples me identificar , sou Sidinei filho do Seu João “ O oveiro”, todos na hora já me abriam as portas e janelas se fossem necessário, contarei um pouco desse homem que marcou sua vida com muito trabalho, mascateando aves, ovos e todo tipo de tecidos, principalmente aqueles mais rústicos para o pessoal do campo e até aqueles de encomendas para ocasiões especiais, cerimoniais, bailes ou de arrasta-pés. Meu pai foi Diretor de Futebol do Marapoama E. Clube, vereador e muito influente na política pelo Município de Itajobi, por que na época a pequena localidade de Marapoama era apenas um sub-distrito. Seu maior desencanto foi quando no ano de 1962 , uma trágico acidente levou seu filho mais lindo Benedito, e a partir desta data houve recolhimento, muito choro e saudades das Clarices, o janismo e o adhemarismo perderam a graça. Tem muitos ensinamentos que poderia destacar deste homem que nasceu em Ouro Verde, perto de Caculé na Bahia, órfão em tenra idade, veio para São Paulo naquela época que demorava meses e muitos bahianos nem chegavam ao estado de São Paulo, ficavam por Minas mesmo. Outro obstáculo que sofreu neste estado, foi se apaixonar por uma moça, filha de um sitiante dono de quase toda Baixada Seca, próximo de Marapoama mesmo, meu avó David nunca concordou com a união, restando ao meu pai “roubar” minha mãe, quanta fúria deste português que não suportava nortista em hipótese alguma, e ameaçava a família inteira pela cumplicidade da união, estalando chicote e desferia a chibata nos animais para mostrar a todos quem realmente mandava naquele lugar. Mesmo com toda adversidade criou seus 7 filhos com a maior labuta e sempre teve da comunidade o maior respeito pela sua integridade e ética, tanto que foi vereador em uma época que não se tinha salário apenas o múnus respeitoso do povo de sua comarca. Hoje neste dia de seu aniversário faria 96 anos, pelo seu registro legal, mas naquele tempo era comum ter pessoas com anos de diferença em relação a sua certidão. Faleceu na cidade de Catanduva aos 18/01/1998 e foi sepultado no cemitério da mesma cidade. Tem tantas passagens, que ao longo do tempo irei contando, inclusive das injustiças que sofreu e que serão citadas n’A Página da Vida com certeza.
Essa mensagem foi enviada pelo meu querido amigo Poeta Francis Perot, que na edição de amanhã terá um espaço especial, e você da internet afixionada pelos scraps e mensagens onde as flôres e as rosas fazem valer os sentimentos, ficará atônita de saber que é dele e das suas comunidades, esses sentimentos mais belos.
Dois aniversariantes da nossa Catanduva SP,
Francisco Batista Souza (Careca) e Paulo Merighe
É uma enorme satisfação anunciar dois aniversariantes da Cidade Feitiço, foram pessoas que estiveram sempre presente n’A História de Catanduva, e no livro de Vicente Celso Quaglia produzido pela Editora Rio-pretense de meu amigo Lelé Arantes.
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