terça-feira, 10 de junho de 2008

Laerte Coutinho , o melhor quadrinista brasileiro
























Laerte Coutinho (São Paulo, 10 de junho de 1951) é um dos principais quadrinistas do Brasil. Estudou comunicações e música na Universidade de São Paulo, porém não se formou nestes cursos. Laerte participou de diversas publicações como a Balão e O Pasquim. Também colaborou com as revistas Veja e Istoé e os jornais Folha de São Paulo e Estado de São Paulo. Criou diversos personagens, como os Piratas do Tietê e Overman. Em conjunto com Angeli e Glauco (e mais tarde Adão Iturrusgarai) desenhou as tiras de Los Três Amigos. Em 1968 Laerte concluiu o Curso Livre de Desenho da Fundação Armando Álvares Penteado. Em 1969 começou a cursar jornalismo na Universidade de São Paulo mas não chegou a concluir o curso. Começou profissionalmente desenhando o personagem Leão para a revista Sibila em 1970. Durante a década de 70 ele ainda fundou, junto com Luiz Gê a revista Balão enquanto ainda estudava na USP e trabalhou nas revistas Banas e Placar. Em 1974 faz seu primeiro trabalho para um jornal, a Gazeta Mercantil. No mesmo ano começou a produzir material de campanha para o MDB durante as eleições. No ano seguinte trabalhou na produção de cartões de solidariedade no movimento de auxílio aos presos políticos. Em 1978 desenhou histórias do personagem João Ferrador para a publicação do sindicato dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo. Mais tarde viria a fundar a Oboré, agência especializada em produzir material de comunicação para os sindicatos. Laerte fez cobertura jornalística de três copas: a de 78 (para o jornal O Estado de São Paulo), a de 82 (para a Folha de São Paulo) e a de 86 (para O Estado de São Paulo). No fim da década de 80 publicou tiras e histórias em quadrinhos nas revistas Chiclete com Banana (editada por Angeli), Geraldão (editada por Glauco) e Circo, todas da Editora Circo, que mais tarde lançaria sua própria revista (Piratas do Tietê). Em 1985 lançou seu primeiro livro, O Tamanho da Coisa, uma coletânea de suas charges. Em 1991 a Folha de São Paulo começou a publicar as tiras de Piratas do Tietê. As tiras, que são publicadas até hoje, passaram por uma interessante transformação nos últimos anos; percebe-se que o autor se "desprende" mais dos personagens com perfis já construídos (como os citados na seção abaixo) e inicia a desenhar quadrinhos de cunho mais "conceitual" e com personagens ocasionais - quadrinhos estes que não necessariamente são feitos para fazer rir. Regularmente o artista lança álbuns com coletâneas de suas tiras, principalmente pela Devir Livraria. Estes são alguns personagens conhecidos de Laerte, sobretudo por suas tiras publicadas em jornais.
Overman - um super-herói que talvez tenha a força do Super Homem mas com certeza não possui a capacidade de dedução de Batman. Por vezes mostra ter moral e hábitos retrógrados. Seu maior inimigo é o próprio ego. Seu visual lembra Space Ghost, que já apareceu como convidado em algumas tiras.
Deus - na representação de Laerte, com certeza não é onipotente. Tudo o que para nós é metafísico não passa de mera rotina para Ele. O que não quer dizer, no entanto, que tudo corra as mil maravilhas. Agora que o mundo e a humanidade já estão criados, Ele gasta a maior parte do tempo em afazeres menores, como discutir com o arcanjo Gabriel e jogar cartas com Buda.
Piratas do Tietê - esses piratas trocaram o mar pelo não menos perigoso rio que corta a cidade de São Paulo. Hoje em dia a cidade é o alvo de seus saques e matanças.
Hugo - a visão cômica de Laerte do homem dos tempos modernos. Nele o autor criou uma eterna vítima dos problemas contemporâneos: ele já teve problemas em operar seu computador, teve de fugir de paparazzi, ficou complexado com o tamanho de seu pênis e chegou ao cúmulo de sentir saudades da ditadura.
Suriá - personagem de Laerte voltada para o público infantil. Suriá é uma menina de 9 anos, que mora com a família em um circo (onde trabalha como trapezista). É uma das raras personagens mulatas de histórias em quadrinhos.
Laerte também atuou como roteirista, tendo colaborado em diversos programas da Globo. Escreveu scripts para os programas humorísticos TV Pirata e para os primeiros - e reconhecidamente melhores - anos de Sai de Baixo. Ainda na área de humor escreveu para o quadro Vida ao Vivo que ia ao ar durante o Fantástico, em 1997. Laerte também escreveu o programa infantil TV Colosso e o script de cinema para Super-Colosso: A Gincana da TV Colosso.


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