sábado, 8 de novembro de 2014

Hoje é DIA MUNDIAL DO URBANISMO


O urbanismo atual já não deposita na cidade todas as suas esperanças e atenções.

Na Idade Média, a vida nos burgos era organizada sobre quatro pilares: limpeza, segurança, regularidade e beleza. No século XIII, as pessoas que jogassem lixo em frente às suas casas ou que desviassem para as ruas a canalização de esgoto, eram punidas conforme a lei. Durante a Renascença, com o aumento do tráfego causado pela popularização do coche como meio de transporte nas cidades, um novo elemento foi incluído no traçado viário urbano: as avenidas.
A partir do século XVIII, com o advento da Revolução Industrial, as cidades começaram a crescer desordenadamente, gerando problemas sociopolíticos. Esse processo caótico foi chamado de "urbanização" pelo arquiteto espanhol Ildefonso Cerda, século XIX.
Em 1919, Walter Gropius, arquiteto racionalista alemão, sugeriu um urbanismo progressista que, se consolidou, por ser diferente do culturalista e do naturalista, e por apresentar soluções concretas. Na década de 1980, o movimento de re ocupação das áreas centrais por parte da camada mais rica da sociedade, com seus edifícios de alto padrão, incentivou os processos de renovação urbana ou reurbanização das cidades. Estas começaram, então, a crescer cada vez mais para o alto, acentuando os problemas dos centros urbanos nos espaços internos.
O urbanismo atual já não deposita na cidade todas as suas esperanças e atenções. A técnica da cidade sucumbiu para dar lugar ao autêntico urbanismo, que já assume ares de "urbanologia", ou seja, ciência urbana, o que significa que seu desejo de conhecer para transformar é maior do que o de transformar para resolver. O milênio passado foi o da cidade; o atual será o do centro urbano.

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