A FLORBELA
Se ainda cá estivesses amiga,
não sei o que queria que tu fosses…
Talvez Vénus, ou simples rapariga,
A quem eu faria os poemas mais doces.
Talvez fossemos irmãos, haja quem diga,
Já que fados iguais um dia alguém nos trouxe.
Talvez seja a nostalgia da terra que nos liga,
Que escureceu, ruborizou e depois iluminou-se.
Se um dia no teu trono de princesa, de marfim
Enquanto bordasses a tua alma de poemas, só pr’a mim,
dar-te-ia toda a minha mocidade.
E quando no firmamento a lua fosse o mar da dor,
eu seria ainda o escravo do amor
E tu a minha Irmã Soror Saudade.
Lisboa, 20 de Outubro de 1983
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Saiba quem é Manuel Manços
Manuel
Manços Assunção Pedro, nasceu em 1950, em Falcoeiras, uma pequena
aldeia do concelho do Redondo, distrito de Évora. Reside no
Barreiro. Conheceu os trabalhos do campo, no Alentejo. Foi marçano
em Reguengos de Monsaraz, de onde saiu, com dezoito anos, para o
então Serviço Meteorológico Nacional, em Lisboa, onde se manteve
até à data da sua incorporação no exército português. Esteve
vinte meses em Moçambique, em comissão, na Guerra do Ultramar.
Finda a comissão regressou ao ex-SMN, depois Instituto de
Meteorologia, onde se manteve em funções administrativas, e
técnicas. Aposentou-se em 2011, como observador meteorológico.
Cultiva o gosto pela escrita (prosa e poesia), lendo e escrevendo, e
pelas artes de representar e de cantar. Canta em Grupos Corais
Polifónicos e no Grupo de Música Antiga e Renascentista, Animae
Vox. Cultiva, também, o gosto pela sua interpretação no fado e na
música de carácter regional, especialmente a alentejana, e em
locais para onde o convidam, onde se incluem Escolas e Lares da 3ª
idade. Concorreu a Jogos Florais, nas modalidades poesia e de conto,
e foi agraciado com alguns prémios. Poemas de sua autoria fazem
parte de Antologias Poéticas, entre as quais, a Colectânea
“Poetizar Monsaraz I”, de 2013.
Esta
biografia vai ser inserida na contracapa do seu livro de poesia que,
pensa, será editado em princípios de 2014.
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