Formada pelos irmãos Lincoln Paulino da Costa, o Liu, nascido em 1934 na cidade paulista de Itajobi, e Walter Paulino da Costa, o Léu, nascido na mesma cidade em 1937. São irmãos de Zico e Zeca que também formaram uma dupla de sucesso. Ainda criança Liu demonstrava talento para declamação enquanto seu irmão passou, também desde jovem, a dedicar-se à viola caipira. A dupla foi formada em 1957 e estreou profissionalmente no ano seguinte, apadrinhados pelo compositor e produtor Teddy Vieira, que os levou para cantar no programa "Novidades sertanejas", da Rádio Bandeirantes, na capital paulista.
Atuaram em seguida nos programas "Brasil caboclo" e "Na serra da Mantiqueira". Contratados pela gravadora Chantecler, estrearam em disco em abril de 1959, quando gravaram a toada "Boiadeiro errante", de Teddy Vieira, e o arrasta-pé "Baile na roça", de Teddy Vieira e Zico. Em seguida, gravaram a moda-de-viola "Rei do café", de Teddy Vieira e Carreirinho, primeiro sucesso da dupla, e o cururu "Carreiras de cururu", de Piraci, Biguá e Teddy Vieira. Em 1960, lançaram, pelo selo "Sertanejo" da gravadora Chantecler, a guarânia "Minha felicidade", de Nízio e Sebastião Vito, e a toada "Zé Claudino", de Carreirinho. Ainda em 1960, passaram a gravar pela Philips, onde lançaram dois discos, o primeiro com a guarânia "Nossa volta", de Tuta e Itami, e a toada "Amor distante", de Tuta e Léu, e o segundo disco, no ano seguinte, com a moda-de-viola "Pião de ouro", de Joel Antunes e Sebastião Santana, e o arrasta-pé "Adeus morena", de Tuta e Lincoln da Costa. Ainda em 1961, pela gravadora Caboclo a dupla gravou a guarânia "Esqueça-me", de Zé Claudino e Liu, e a canção-rancheira "Tarde demais", de Zé Claudino e Léu. Gravaram em 1962, toada "Triste cabana", de Geraldo Meireles e Zé Claudino, e a moda-de-viola "Ladrão de gado", de Teddy Vieira e Nelson Gomes. No mesmo ano, a dupla gravou a guarânia "Meu lamento", de Tuta e Milton Cristofani, a moda-de-viola "Punhal da saudade", de Sulino e Moacir dos Santos, a toada "Meu ranchinho", de Pirassununga e Sebastião Vito, e a moda-de-viola "Adeus minha terra", de Liu e Léu, além do valseado "Amarga saudade", de Jeca Mineiro e Zelão, e o cateretê "Relembrando", de Paiozinho e Dadá. Ainda nesse ano, a dupla lançou o primeiro LP "Adeus, minha terra", que apresentou como destaques, além da música título, as faixas "Ladrão de gado", de Teddy Vieira e Nelson Gomes, e "Triste cabana", de Zé Claudino e Geraldo Meireles. Em 1963, lançaram o LP "Onde eu moro", música título de Edwardo de Marchi, com a qual fizeram sucesso. Em 1967, gravaram LP pela Chantecler, no qual homenagearam o padrinho artístico da dupla, o compositor Teddy Vieira, morto naquele ano, na música "Mensagem de Teddy Vieira", de Augusto Toscano e Sulino, na qual Léu cantou e Liu declamou. No mesmo disco fizeram parte ainda as músicas "A terra e o homem", de Zé Paioça, "Cascata", de Bruno Linhares, "Canção da felicidade", de João Pacífico, e "O sertão e a capital", de Zé Batuta e Moacir dos Santos. Em 1973, a dupla lançou pela Continental o LP "Amanhecer de minha terra", música título de Dino Franco, que foi sucesso naquele disco juntamente com "Amor à primeira vista", de Edward de Marche. No ano seguinte, fizeram sucesso com as músicas "Gente que eu gosto", de Jango e Liu, "Mulher e dinheiro", de Carreirinho, e "Saudades de peão", de J. Davi Vieira e Craveiro. Em 1975, destacaram-se com "Abismo cruel", composição de Zé Fortuna e Sulino. Passaram a gravar na gravadora Copacabana em 1976, quando lançaram disco no qual se destacaram as faixas "Caboclo abençoado", de Luís de Castro e Bambuí, e "Motivo de saudade", de Nonô Basílio. No ano seguinte, ainda pela Copacabana, lançaram outro LP, com destaque para a canção "Legítimo doutor", de Zeca e Geraldinho. Em 1978, criaram sua própria gravadora, a Tocantins, pela qual passaram a lançar seus discos. No mesmo ano, lançaram o primeiro disco na nova gravadora, com destaque para a música "Sementinha", de Dino Franco e Tapuan. Em 1980, lançaram um LP apenas com modas-de-viola e que teve como título uma composição da dupla: "Adeus, minha terra". Três anos depois, lançaram um LP com regrações de antigos sucessos e outro, apenas com guarânias como "O ipê e o prisioneiro", de José Fortuna e Sulino, que deu título ao disco. Em 1984, a dupla lançou o LP "Filão do caipira", música de Eduardinho e Tião do Carro, apenas com modas-de-viola. Lançaram ainda Lps em 1986 e 1989. Em 1992, desfizeram-se da gravadora Tocantins. Em 1993, vários sucesso da dupla foram relançados pela Warner na série "Som da terra". Em 1997, a dupla teve um CD dedicado à sua obra na séire "Luar do sertão" da BMG/Ariola. Em 1999, participaram da coletânea "O melhor das raízes sertanejas", da gravadopra EMI com a faixa "Saudade da minha terra", de Belmonte e Goiá. No ano seguinte, foi lançado o CD "Liu e Léu - Grandes sucessos - volume 1", com êxitos como "O menino da porteira", de Teddy Vieira, "Juramento", "Velha querência", "Minha terra", "Quando a saudade machuca" e "Coração de pedra", entre outras. Em 2001, saiu o volume 2 com sucessos como "Derradeira morada", "Mágoa", "Rei da capa", "Ingrata" e "Retrato do boi soberano", todas de Dino Franco, além de "Dona saudade", de Edward de Marchi, "Triste cabana", de Zé Claudino e Geraldo Meireles e "Adeus morena", de Tuta e Léu. A dupla continuou gravando e se apresentando em programas de Rádio e Televisão, como o "Viola minha viola" apresentado por Inezita Barroso na TV Cultura. Em 2003, a dupla lançou pela Atração Fonográfica O CD "Jeitão de Caboclo", com destaque para as faixas "O Ipê e o Prisioneiro (Ipê Florido)", de José Fortuna e Paraíso; "Prato do dia", de Geraldinho; "A Sementinha", de Itapoã e Dino Franco; "Mourão da porteira", de João Pacífico e Raul Torres; "Meu reino encantado", de Waldemar Reis e Vicente Machado; "Caminheiro", de Jack; "Botãozinho de rosa", de Serrinha; "Boiadeiro errante, de Teddy Vieira; "Paineira Velha, de José Fortuna; "Mãe de carvão", de Tião do Carro e Caetano Erba; "Porta do mundo", de Peão do Carro e Zé Paulo; "Berrante de Ouro", de José Fortuna e Carlos César, entre outras. Em 2004, a dupla foi indicada ao prêmio Grammy Latino na categoria "Melhor álbum regional" com o CD "Jeitão Cabloco". Participaram em 2005 do show "100% caipira- ao vivo" realizado no Olympia em São Paulo e que contou com as participações de Trio Parada Dura, Abel e Caim, Teodoro e Sampio e outros. O evento resultou na gravação de um DVD, no qual a dupla aparece interpretando a música "Jeitão de caboclo". Entre os maiores sucesso da dupla estão "Paineira velha", de Dino Franco e Juquinha, "Adeus morena", de Tuta e Léu, "Aonde eu moro", de Edward de Marchi, "Felicidade de caboclo", de Pexincha e Gino Alves, "Meu ranchinho", de Sebastião Victor e Dino Franco e "Santa Cruz da Serra", de Benedito Seviero e Biguá. Nesse mesmo ano, também se apresentaram no programa "Viola, minha viola", comandado por Inezita Barrosos. Ao longo de mais de trinta anos de carreira, a dupla lançou mais de trinta discos entre 78 rpm, LPs e CDs sendo considerada uma das mais importantes do universo sertanejo. Em 2006, demonstrando grande vigor de interpretação, apresentaram-se no programa "Viola, minha viola", de Inezita Barroso, na TV Cultura de São Paulo. Na oportunidade, cantaram "O ipê" e o prisioneiro", de Zé Fortuna e Paraíso. Em julho de 2007, a dupla compôs o quadro de convidados de honra, juntamente com Inezita Barroso, Pena Branca e Pedro Bento e Zé da Estrada, na "Semana Nenete de Música Sertaneja", evento que ocorre desde 1995, na cidade de Pirassununga, no interior paulista. Na ocasião, foi acompanhada do maestro Orlando Ribeiro, no acordeom e do regional do programa "Viola, minha viola", interpretando diversos sucessos de sua carreira e clássicos da música raiz, como "Caminheiro", de Jack; "Meu reino encantado", de Waldemar Reis e Vicente Machado; "Boiadeiro errante", de Teddy Vieira; "Jeitão de caboclo", de Waldemar Reis e Liu; "Prato do dia", de Geraldinho e "O ipê e o prisioneiro", de José Fortuna e Paraíso. (Texto extraído da Viola Caipira).
Saiba mais sobre esta famosa dupla dando um clique em cima do titulo abaixo da matéria publicada em 7 de agosto de 2010:
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