A produção naïf de Rio Preto é um dos pontos fortes na divulgação da arte da cidade. Principalmente pelo nome de José Antonio da Silva, que, autodidata, pintava sem regras, sem constrangimentos, com emoção, e assim conquistou renome nacional e internacional. O jovem Rodrigo Silva segue seus passos e apresenta, pelo menos há quatro anos, seu estilo ingênuo, popular e instintivo.
Suas obras podem ser vistas até o final de novembro na agência dos Correios, do centro de Rio Preto. Intitulada “As Cores do meu Brasil”, a mostra reúne 10 pinturas do artista e se integra como opção cultural a outras duas exposições inauguradas recentemente na cidade.
A temática de Rodrigo Silva se concentra nas imagens de homens do campo, trabalhadores em cenários campestres, além de retratos da agricultura da região, com canaviais e famílias simples. A mostra retrata ainda a série inspirada na tragédia do Haiti, que integrou a Bienal Naïfs do Brasil 2010, a principal mostra de arte primitiva do País, realizada pelo Sesc Piracicaba. Tanto o Brasil como o Haiti estão entre os maiores produtores de arte naïf do mundo, ao lado da ex-Iugoslávia, França e Itália.
O acervo, segundo Silva, é resultado de anos de trabalho e dedicação a uma arte especial. “As telas retratam o povo brasileiro e, como o nome já diz, retrata as cores do País. São coloridos quentes, com destaque para o azul, amarelo e o verde”, diz o artista, que já teve suas obras expostas na Biblioteca Municipal, no Automóvel Clube, Riopreto Shopping, na Swift e no Sesi. Hoje com 32 anos, o artista se sente orgulhoso de seu trabalho. “Estou sendo reconhecido. É muito gratificante.” Na sua opinião, suas obras são de fácil leitura e falam do cotidiano, de religiosidade, ou são críticas sociais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário