Mais da metade dos diabéticos acompanhados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em São José do Rio Preto está acima do peso, o que aumenta as chances de complicações pela doença. A constatação é de um estudo do Departamento de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de São José do Rio Preto, em alusão ao Dia Mundial do Diabetes, celebrado hoje. O boletim epidemiológico traça o perfil dos 11.165 diabéticos cadastrados no programa de acompanhamento e monitoramento do Ministério da Saúde, o Hiperdia. Diabéticos com sobrepeso representam 64,3% do total de atendidos na rede pública de saúde. Outra constatação do estudo é de que 57,2% dos diabéticos rio-pretenses são sedentários, ou seja, não praticam qualquer tipo de atividade física e 14,9% são tabagistas. A pesquisa revela ainda que 9,2% já sofreram infarto, 6,1% foram vítimas de Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC), 10,6% tiveram doenças coronárias e 3,3% complicação conhecida como pé diabético, além de 1,7% ter sido submetida à amputação, e 6,7% doenças renais provenientes do diabetes. Em relação à faixa etária adulta, o maior número de diabéticos tem idade igual a 60 anos ou superior, 63% dos casos. Em seguida, vem a população com idade entre 50 e 59 anos, que compreende 23% do total de acompanhados. De 40 a 49 anos são 10% dos diabéticos, 3% tem entre 30 e 39 anos e 1% entre 15 e 29 anos. “Os dados servem como base para a implementação de novas políticas públicas de saúde, que podem otimizar e melhorar o atendimento à população”, explica a psicóloga Rita Vilella, uma das autoras do estudo. Segundo o Ministério da Saúde, o diabetes é uma das principais doenças crônicas do nosso convívio que se não controlada podem trazer várias complicações como insuficiência renal crônica e cardíaca. “Sem contar as amputações de pés e pernas, a cegueira definitiva, os abortos e as mortes perinatais”, afirma Antonio Caldeira da Silva, coordenador do Núcleo de Promoção à Saúde.
Tratamento
O tratamento de diabéticos na rede pública de saúde pode ser realizado em qualquer uma das 25 Unidades de Saúde do município, por meio do programa ‘Doce é a Vida’, que possui acompanhamento de equipe capacitada para dar o suporte necessário à doença, bem como esclarecer dúvidas do paciente. Para realizar o tratamento e acompanhamento da doença na rede pública de saúde, basta que o diabético procure a Unidade de Saúde mais próxima de sua casa portando documento de identidade e comprovante de residência. O indivíduo será cadastrado nos grupos e passará por acompanhamento periódico, com consultas médicas, enfermeiro, farmacêutico e nutricionista, que vai monitorar medicação, peso e glicemia. Dentro do programa, o paciente também tem acesso gratuito aos medicamentos indicados pelo médico, que podem ser retirados diretamente nas farmácias das Unidades de Saúde e orientação nutricional. Outra facilidade existente na rede voltada ao atendimento de diabéticos é o Programa de Entrega Domiciliar de Medicamentos, no qual, após cadastro na própria Unidade de Saúde, o paciente passa a receber em casa periodicamente os medicamentos prescritos pelo profissional médico. Os pacientes cadastrados em ambos os programas também têm à disposição em mais de 90 pontos diferentes aulas de Lian Gong, prática oriental em 18 terapias, para tratar e prevenir síndromes doloridas no pescoço, nos ombros, na região lombar e nas pernas, além de outras doenças crônicas, além das Academias para Todas as Idades, grupos de caminhada e capoeira.
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