domingo, 14 de novembro de 2010

Estudo traça perfil do diabético em Rio Preto


Mais da metade dos diabéticos acompanhados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em São José do Rio Preto está acima do peso, o que aumenta as chances de complicações pela doença. A constatação é de um estudo do Departamento de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de São José do Rio Preto, em alusão ao Dia Mundial do Diabetes, celebrado hoje. O boletim epidemiológico traça o perfil dos 11.165 diabéticos cadastrados no programa de acompanhamento e monitoramento do Ministério da Saúde, o Hiperdia. Diabéticos com sobrepeso representam 64,3% do total de atendidos na rede pública de saúde. Outra constatação do estudo é de que 57,2% dos diabéticos rio-pretenses são sedentários, ou seja, não praticam qualquer tipo de atividade física e 14,9% são tabagistas. A pesquisa revela ainda que 9,2% já sofreram infarto, 6,1% foram vítimas de Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC), 10,6% tiveram doenças coronárias e 3,3% complicação conhecida como pé diabético, além de 1,7% ter sido submetida à amputação, e 6,7% doenças renais provenientes do diabetes. Em relação à faixa etária adulta, o maior número de diabéticos tem idade igual a 60 anos ou superior, 63% dos casos. Em seguida, vem a população com idade entre 50 e 59 anos, que compreende 23% do total de acompanhados. De 40 a 49 anos são 10% dos diabéticos, 3% tem entre 30 e 39 anos e 1% entre 15 e 29 anos. “Os dados servem como base para a implementação de novas políticas públicas de saúde, que podem otimizar e melhorar o atendimento à população”, explica a psicóloga Rita Vilella, uma das autoras do estudo. Segundo o Ministério da Saúde, o diabetes é uma das principais doenças crônicas do nosso convívio que se não controlada podem trazer várias complicações como insuficiência renal crônica e cardíaca. “Sem contar as amputações de pés e pernas, a cegueira definitiva, os abortos e as mortes perinatais”, afirma Antonio Caldeira da Silva, coordenador do Núcleo de Promoção à Saúde.
Tratamento
O tratamento de diabéticos na rede pública de saúde pode ser realizado em qualquer uma das 25 Unidades de Saúde do município, por meio do programa ‘Doce é a Vida’, que possui acompanhamento de equipe capacitada para dar o suporte necessário à doença, bem como esclarecer dúvidas do paciente. Para realizar o tratamento e acompanhamento da doença na rede pública de saúde, basta que o diabético procure a Unidade de Saúde mais próxima de sua casa portando documento de identidade e comprovante de residência. O indivíduo será cadastrado nos grupos e passará por acompanhamento periódico, com consultas médicas, enfermeiro, farmacêutico e nutricionista, que vai monitorar medicação, peso e glicemia. Dentro do programa, o paciente também tem acesso gratuito aos medicamentos indicados pelo médico, que podem ser retirados diretamente nas farmácias das Unidades de Saúde e orientação nutricional. Outra facilidade existente na rede voltada ao atendimento de diabéticos é o Programa de Entrega Domiciliar de Medicamentos, no qual, após cadastro na própria Unidade de Saúde, o paciente passa a receber em casa periodicamente os medicamentos prescritos pelo profissional médico. Os pacientes cadastrados em ambos os programas também têm à disposição em mais de 90 pontos diferentes aulas de Lian Gong, prática oriental em 18 terapias, para tratar e prevenir síndromes doloridas no pescoço, nos ombros, na região lombar e nas pernas, além de outras doenças crônicas, além das Academias para Todas as Idades, grupos de caminhada e capoeira.

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