terça-feira, 5 de abril de 2011

S. J. do Rio Preto registra caso de dengue tipo 4


A Secretaria de Saúde de São José do Rio Preto registrou o primeiro caso de dengue do tipo 4 no município. Trata-se de uma mulher de 31 anos, moradora do Jardim Vivendas, que teve os primeiros sintomas da doença no final do mês de fevereiro. A mulher já está curada e não teve complicações pela doença. A confirmação do caso foi anunciada nesta segunda-feira (4/4), em entrevista coletiva à imprensa pelo secretário de Saúde, José Victor Maniglia. O caso foi confirmado pela Secretaria de Estado da Saúde, por meio do Instituto Adolfo Lutz e também pelo Departamento de Virologia da Famerp -Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto após isolamento do vírus. O resultado final dos exames ficou pronto na manhã desta segunda-feira. Até então, a Diretoria de Vigilância em Saúde, órgão da Secretaria de Saúde, e Instituto Adolfo Lutz, da ecretaria de Estado da Saúde, só haviam confirmado a circulação de casos da doença causados pelos vírus DEN1, DEN2 e DEN3 no município. A paciente, que teve os primeiros sintomas da doença no dia 26 de fevereiro e procurou atendimento médico no dia seguinte na UPA Central. Em 27 de fevereiro apresentou febre, dor nos olhos, dor de cabeça e corpo, além de prostração. A mulher relatou que não viajou para estados brasileiros onde já foram registrados casos de dengue 4, mas que realizou viagens na região. A provável localidade de origem da contaminação está em investigação. Até o momento, o município contabiliza 161 casos de dengue, incluindo o de dengue 4, os outros são do tipo clássico e sem registro de complicações. Não há óbitos até o momento. 
Orientações
Segundo o secretário de Saúde, José Victor Maniglia, o momento é de alerta para a população, que deve manter neste momento todas as ações para evitar o acúmulo de água parada no interior de suas residências. “Como esse tipo de vírus nunca foi registrado no município, ninguém está imune, todos estão suscetíveis a desenvolver a doença”, afirma. Embora Rio Preto tenha registrado entre janeiro e fevereiro deste ano 71 casos contra 8.640 em 2010, o secretário afirma que a população deve ficar alerta. “Se a pessoa sentir febre alta, dor de cabeça ou no corpo, mal-estar geral ou manchas avermelhadas pelo corpo, deve procurar atendimento médico imediatamente na Unidade de Saúde mais próxima. É importante não se
automedicar”, ressalta. São quatro tipos de vírus que transmitem à dengue – DEN1, DEN2, DEN3 e DEN4. Os sintomas são os mesmos para os quatro tipos de vírus – febre alta, dor no corpo e articulações, dor nos olhos, indisposição geral, manchas avermelhadas pelo corpo, náuseas e, em casos mais graves, sangramentos. Quando uma pessoa tem a dengue por um tipo específico fica imunizada apenas por essa variação da doença, podendo desenvolver a doença ainda por outras três vezes. A cada nova recontaminação são maiores as chances de complicações da doença.
Ações
Maniglia também reforçou que todas as ações para controle da dengue têm sido ininterruptas no município. “Temos mais de 400 agentes de saúde nas ruas, equipes especiais formadas, mas também precisamos da ajuda da população”, afirma. Nesta segunda-feira (4/4), Rio Preto, bem como outras cidades paulistas, deram início às ações da Semana Estadual de Combate à Dengue. No município, a ação-chave até o final da semana será um pente fino em 96 escolas consideradas imóveis especiais devido ao grande número de circulação de pessoas. A ação é realizada em parceria com agentes da Sucen -Superintendência de Controle de Endemias e visa eliminar qualquer tipo de potencial criadouro do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Já nesta terça e quarta-feira (5 e 6/4), profissionais de saúde da rede pública de saúde, entre eles médicos e enfermeiros, participam de capacitação para atualização sobre os riscos da circulação do vírus da dengue tipo 4 e intensificação da assistência e notificação dos suspeitos no município. O curso será realizado no Teatro Nelson Castro, a partir das 19h30, e também é aberto a profissionais de rede privada. Outra ação no combate à dengue no município é a Faxina D, mutirão de limpeza iniciado no último mês de janeiro com o objetivo de eliminar potenciais criadouros do mosquito, além de diminuir a quantidade de entulho descartado na cidade, sensibilizando a população para que mantenha limpos os locais visitados. O mutirão limpa ruas, avenidas, canteiros centrais, áreas verdes, institucionais e sarjetas, terrenos públicos e particulares, além de fazer também o plantio de árvores. Em pouco mais de dois meses, já foram retirados das ruas da cidade 11,8 mil toneladas de material inservível. No mesmo período, em parte das áreas limpas, já foram plantadas 5.020 mudas de árvores e vistoriados 39.622 imóveis. Simultaneamente às ações da Semana e Faxina D, os agentes de saúde também têm realizado diariamente bloqueios mecânicos (visita em domicílio para busca ativa de criadouros) e os bloqueios químicos, por meio de nebulização de inseticida. Também continuam as ações de coleta de material inservível pela Cooperativa de Carroceiros em terrenos baldios e linhões, fiscalização em pontos estratégicos (floriculturas, cemitérios, borracharias, entre outras) e fiscalização em imóveis especiais (locais de grande circulação de pessoas como faculdades, hospitais, empresas, indústrias. Denúncias de locais que possam servir de potenciais criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, podem ser feitas por meio do Disque Dengue, pelo telefone 0800-7705870. 
A ligação é gratuita. 

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