quarta-feira, 23 de março de 2011

São José do Rio Preto tem o menor índice de gravidez na adolescência desde 2004


São José do Rio Preto atingiu em 2010 o menor índice de gravidez na adolescência desde 2004. A porcentagem de adolescentes entre 10 e 19 anos que deram à luz no município no ano passado foi de 12,92%, com 675 nascimentos, contra taxa de 15,97% registrada em 2004 considerando o total de nascidos vivos, com 762 adolescentes grávidas. Para o diretor de Atenção Básica da Secretaria de Saúde de São José do Rio Preto, a queda no índice de gravidez na adolescência reflete as ações do município e também a oferta de consultas em ginecologia e insumos disponíveis na rede pública para se evitar uma gravidez inesperada. “Hoje, todas 25 Unidades de Saúde de Rio Preto,  incluindo as 11 que funcionam na estratégia de saúde da Família, têm à disposição das mulheres o ginecologista com agendamento diário de consultas. m 2010, por exemplo, foram realizadas 119.717 consultas médicas nesta especialidade, 9,49% a mais que no ano anterior, com 109.332 consultas”, afirma. O diretor lembra que todas as Unidades de Saúde também possuem o programa de Planejamento Familiar, que consiste em orientar as mulheres atendidas sobre os principais métodos contraceptivos disponíveis e distribuição de preservativos em pelo menos 64 pontos diferentes no município. “Na farmácia, de qualquer uma das 25 Unidades de Saúde, tanto a adolescente como a mulher que já tenha vida sexual ativa, podem retirar gratuitamente mediante prescrição médica três tipos de contraceptivos hormonais orais e dois tipos de contraceptivos injetáveis. As mulheres também têm na rede o DIU”, afirma o coordenador. Em 2010, a média de distribuição de contraceptivos na rede pública de saúde foi de 6.226 tratamentos por mês contra 5.745 no ano anterior, crescimento de 8,37%. A distribuição de preservativos também aumentou foram 1.762.548 em 2009 contra 1.821.766 no ano passado. A Secretaria de Saúde também dispõe de programas que visam orientar a população sobre métodos contraceptivos, doenças sexualmente transmissíveis e distribuição de preservativos. Um deles é o “Mulheres afro-descendentes e parceiros”, um dos braços do Programa Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST/Aids). Sob coordenação de Ioná Maria Cardoso, o “Mulheres” atende adolescentes e mulheres residentes em bairros da região Norte como o Santo Antônio, Renascer, Cidadania e Planalto. O projeto, por meio de visitas domiciliares, realiza grupos de discussão com adolescentes, onde eles recebem orientação sobre prevenção às doenças sexualmente transmissíveis, drogas, direitos reprodutivos e sexuais e também como pode ser realizado o planejamento familiar. Outro programa é o “Saúde e Prevenção nas Escolas”, também mantido pela Secretaria de Saúde em parceria com a Secretaria de Estado da educação, que orienta sobre saúde de forma geral e também mantém a disposição bancos de preservativos para distribuição aos estudantes. O projeto atende adolescentes de 13 a 19 anos de 23 escolas estaduais, além de adolescentes assistidos pela Fundação Casa e Arprom. Na rede, em algumas Unidades Básicas de Saúde, existe atendimento diferenciado para adolescentes. Um exemplo é na UBSF do Jardim Maria Lúcia, onde todas as quartas-feiras, jovens e gestantes têm atendimento preferencial. Já na UBSF do São Deocleciano o atendimento voltado para essa faixa etária ocorre às terças-feiras, no período da tarde. No Centro de Saúde Escola Estoril, o atendimento é diferenciado. Uma hebiatra atende garotas e garotos acima de 15 anos todas as segundas, terças e quintas-feiras. 

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