domingo, 30 de janeiro de 2011

ADDE e seu HIGIENE NECESSÁRIA


Mais uma semana nos encontramos através das mensagens espiritas.
Que as instruções de nossos amigos espirituais possam servir de bússola em nosso caminhar  nesta jornada que Deus nos concedeu a oportunidade de aprendizado. Que a paz do Divino Mestre possa estar com todos.



Higiene necessária
Orson Peter Carrara 

Três são os direitos fundamentais naquele lugar e apenas um dever; a política ali imperante é bem diferente daquela que habitualmente vemos em nosso cotidiano. A economia local também prevê remuneração, estimula a produção, mas tem destinação que talvez cause estranheza. A lei está estabelecida em apenas dois parágrafos. As edificações estão sobre rochas indestrutíveis; o idioma em uso é bem característico. Exige-se, todavia, uma higiene permanente. Que lugar é esse? Onde está? Existem chaves que o abrem? De que falamos? É simples, caro leitor. É que já estamos no Natal. E Natal, muito mais que presentes natalinos, lembra o personagem principal: Jesus Cristo! Sim,  aquele mesmo que anunciou o Reino de Deus! Ele, o reino anunciado, significa uma conquista interior, não é um lugar determinado. Há que ser construído no coração, como Ele mesmo afirmou; significa um estado interior de paz, harmonia, serenidade; uma construção a ser feita individualmente, através do tempo e das experiências, do raciocínio e do amor. Aquele que o proclamou comparou-o, entre outras afirmativas, com um tesouro escondido, com uma pérola, que, quem encontra, vende tudo o que tem, para estar de posse desse reino. As chaves para ter acesso a ele estão no cumprimento das leis, que Ele mesmo apresentou. Para tanto, é preciso conhecê-las, aplicá-las e vivê-las intensamente dentro de si mesmo para abrir suas portas. E, usar uma túnica nupcial luminosa, bela, radiante (a dos bons pensamentos e dos bons sentimentos) para sentir-se perfeitamente integrado entre seus habitantes. O idioma usado é o da sinceridade, da verdade; o salário é o do bem-estar, da alegria, da consciência tranqüila, lembrando que a cada um será dado segundo suas próprias obras. Neste local, espera-se que produzamos o bem, pois quem tem talentos, precisa fazer render outros tantos talentos. As riquezas das possibilidades desse reino são partilhadas com os demais, de todo o bem que sabem e podem distribuir. As construções (da vida nesse lugar) são sobre as rochas das coisas permanentes, duradouras, e jamais sobre a ilusão das coisas transitórias e passageiras. A lei está em dois parágrafos: a) perdoar para ser perdoado; b) não resistir ao mal, mas retribuir ao mal com o bem. Sua política recomenda que sejamos mansos como as pombas e prudentes como as serpentes, pois que a mansidão e a prudência evitam dificuldades de toda ordem. Há apenas um dever: fazer aos outros o que queremos que nos façam; três são os direitos fundamentais: Pedir (o que precisamos e sozinhos não sabemos ou não podemos produzir); Buscar (conhecimentos para entender o que esperamos possa nos beneficiar) e Bater (com as mãos do esforço próprio na porta das oportunidades). Mas, como o título sugere, um item não pode escapar para entrada nesse lugar: a higiene! Que higiene? O da limpeza dos olhos (para aprimorarmos o modo de ver as pessoas, as circunstâncias, os fatos); a limpeza das mãos (para melhorarmos o modo de agir no uso das mãos); a limpeza dos pés (para averiguarmos o rumo que se caminha) e limpeza do coração (para dignificar o modo de sentir). Correção e pureza no intelecto, no sentimento e na ação. Em síntese, podemos dizer, pois, que a conquista desse reino no coração depende do esforço e determinação com que possamos nos dedicar à melhora de nós mesmos. Na ocorrência do Natal, em gratidão ao Mestre e Maior Amigo da Humanidade, Jesus de Nazaré, comecemos também a edificar o reino dos céus dentro do coração, com a mudança de atitudes do homem velho (egoísta, vaidoso, dominador, orgulhoso) para o homem renovado, que usa o bem, o amor, a solidariedade em suas ações, contribuindo assim para que o reino anunciado por Jesus esteja em todos os corações. E possamos renovar a paisagem do planeta que habitamos. 

Nota do autor: A presente matéria está baseada no livro Na luz do Evangelho, de Therezinha Oliveira.